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Conferência de educadores discute agenda global de desenvolvimento

Cerca de 300 pessoas, entre estudantes e educadores de 35 países, participaram do evento esta semana, que teve como tema Ressignificando TIC: Transformação, Inclusão e Comunicação Intercultural

postado em 01/08/2015 14:22
Mariana Borges, superintendente executiva da Fundação Assis Chateaubriand, apresenta ações do

Você já ouviu falar nos oito objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM)? Mesmo após 15 anos desde o lançamento desse termo, muita gente ainda desconhece o significado. O prazo dado pelas Nações Unidas para o alcance das metas termina em dezembro e dará espaço, a partir de setembro, a novos compromissos para o período de 2016 a 2030, conhecidos como os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS). Para dar visibilidade a essa agenda global ligada a pobreza, educação, saúde, igualdade de gêneros, respeito ao meio ambiente, qualidade de vida e sustentabilidade, a discussão foi levada para a programação da 22; Conferência Internacional de Educadores IEarn e 19; Cúpula da Juventude, realizada pela IEarn Brasil ; Associação de Educadores Globais.

Cerca de 300 pessoas, entre estudantes e educadores de 35 países, participaram do evento esta semana, que teve como tema Ressignificando TIC: Transformação, Inclusão e Comunicação Intercultural. O objetivo da conferência era a troca de experiências sobre projetos colaborativos de educação que utilizam a internet para se disseminar pelos países participantes. Ontem pela manhã, foram realizadas as atividades de encerramento.

O diretor executivo interino da IEarn nos Estados Unidos, Ed Gragert, falou sobre a importância da mobilização de professores em todo o mundo em prol da nova agenda dos ODS. Na avaliação dele, há uma conexão muito forte entre os projetos criados e as necessidades de melhorias globais. ;Essa rede de educadores deve fazer um esforço para alinhar o trabalho e se tornar líder na mobilização de jovens;, defendeu Gragert. ;O desenvolvimento de todas as outras áreas não consegue ser sustentável se não houver educação. Ela é fundamental para o desenvolvimento do planeta e para o fim da pobreza e da miséria;, ressaltou.

Um dos exemplos de sucesso levados à conferência foi o estudo de caso sobre o trabalho desenvolvido pela Fundação Assis Chateaubriand, em parceria com a Secretaria do Esporte e Lazer do Distrito Federal, para conscientização sobre os objetivos de desenvolvimento do milênio nas comunidades dos Centros Olímpicos e Paralímpicos de Ceilândia, Riacho Fundo I, Samambaia e São Sebastião. A forma encontrada pela Fundação para aliar a prática esportiva à sensibilização dos alunos sobre a importância da alimentação saudável, educação de qualidade, prevenção de doenças e respeito ao meio ambiente foi a criação de uma série de debates e atividades transversais que mostram, na prática, como se pode fazer um mundo melhor.

Horta comunitária, concurso de receitas com reaproveitamento de alimentos, corrida pelo conhecimento, rodas de leitura, feira para troca de livros, estímulo à doação de sangue, realização de exames, gincana da economia de energia e jardim suspenso com garrafas pet foram algumas das ações apresentadas pela superintendente executiva da Fundação Assis Chateaubriand, Mariana Borges. Batizada de Nós podemos, a programação continua ao longo do ano, em um ciclo entre os centros olímpicos. ;Levamos tudo isso para o ambiente esportivo porque entendemos que o esforço pelo desenvolvimento do planeta deve ser coletivo, não só dentro das escolas. E poder compartilhar essa experiência com educadores especializados de tantos países nos traz um conforto de que estamos no caminho certo;, observou Mariana.

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