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Servidores do RS entram em greve e paralisam serviços até sexta-feira

Decisão do governo do Rio Grande do Sul de parcelar salários leva 43 categorias a interromperem as atividades; cerca de 3 mil colégios ficarão sem aulas. Policiais civis só vão atender os casos mais graves

Warner Bento Filho
postado em 19/08/2015 06:10

Servidores protestam em frente ao Palácio Farroupilha, a sede da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul: mobilização total

Servidores do Rio Grande do Sul decidiram entrar em greve por três dias a partir de hoje, comprometendo todo o serviço público estadual. O governador Ivo Sartori (PMDB) determinou o corte do ponto dos grevistas. ;Presença será presença e falta será falta;, disse o governador em entrevista no Palácio Piratini, quando conclamou os funcionários a não paralisarem as atividades ;pelo bem do povo gaúcho;.

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O movimento, que vai até sexta-feira, atinge professores, policiais militares e civis, e servidores da saúde pública. No total, 43 categorias do funcionalismo, incluindo as áreas administrativas, aderiram à greve após uma manifestação que reuniu, segundo os organizadores, cerca de 50 mil pessoas em Porto Alegre na tarde de ontem. Os manifestantes foram em passeata até a Assembleia Legislativa, onde ocuparam o plenário. De acordo com a sindicalista Mara Feltes, a greve atinge a totalidade dos servidores.

Os servidores estaduais protestam contra o parcelamento dos salários de julho e a possibilidade de o fato se repetir nos próximos meses. Também reclamam do congelamento dos vencimentos em consequência da aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentária para 2016, que não prevê reajustes, mesmo aqueles que já haviam sido acordados com o governo e aprovados pela Assembleia Legislativa.

De acordo com os servidores, a greve deixará mais de 3 mil escolas sem aula em todo o estado. Durante esses três dias, os policiais civis de plantão vão atender apenas a flagrantes e casos considerados mais graves, como homicídios e estupros.

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