Jornal Correio Braziliense

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Mulher diz ter sido assediada e cria empresa feminina de marido de aluguel

Iniciativa surgiu após a idealizadora se sentir intimidada na própria residência com a presença de um prestador de serviço



Morando sozinha desde 2010, quando saiu da casa dos pais para fazer faculdade, Ana contou orgulhosa que a segurança em prestar esse tipo serviços se deve ao fato de sempre ter feito os reparos em casa com os ensinamentos do avô. ;Onde eu moro, eu pintei, passei massa corrida, lixei parede, instalei portas, prateleiras, antenas de televisão, arrumei as tomadas, enfim, todas essas coisas pequenas que aparecem no dia a dia;, detalhou a idealizadora do projeto.

Para divulgar e oferecer os serviços, Ana compartilhou um panfleto com as informações em uma rede social e criou uma página que, em menos de oito dias, já acumula quase duas mil curtidas. ;Dois dias depois da primeira publicação eu atendi a minha primeira cliente com a troca de uma carrapeta para a torneira parar de pingar. Desde então, todos os dias eu tenho feito algum trabalho; comemorou Ana, que atualmente está pintando um apartamento.

A ideia está dando tão certo que Ana Luisa pretende deixar em breve o trabalho de edição de vídeos para se dedicar exclusivamente ao novo negócio. ;Quero fazer cursos para aperfeiçoar as minhas técnicas e ter um horário mais livre para atender as clientes e não deixar ninguém na mão;, contou Ana. Ela pretende, ainda, criar uma rede de partilha e troca de serviços entre mulheres, para possibilitar outras ideias como a dela e formar parcerias em São Paulo e outros estados.

A brasiliense Denise Caixeta, de 22 anos, viu o perfil de Ana Luisa nas redes sociais e pediu ajuda para iniciar o trabalho na capital. ;Como eu já faço alguns serviços na minha casa, procurei a Ana que se comprometeu a me ajudar na divulgação dos meus serviços e me orientando como prosseguir;,vibrou Denise. A expectativa é de que na próxima semana o trabalho já esteja disponível para as candangas.