Um em cada cinco brasileiros acima de 18 anos é obeso, de acordo com padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, 56,9% das pessoas estão um pouco acima do peso ideal. A obesidade é um fator de risco para hipertensão, câncer e diabetes, entre outras doenças. Os dados do terceiro volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram divulgados ontem pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro.
A PNS foi realizada durante o segundo semestre de 2013. Os pesquisadores visitaram 81.767 domicílios em todos os estados, nos quais 62.986 pessoas aceitaram responder ao questionário do IBGE. Todos tiveram altura, peso, circunferência da cintura e pressão arterial medidos. Além disso, um em cada quatro entrevistados cederam amostras de sangue e urina para exames. A pesquisa trará novos dados, sobre a pressão arterial dos entrevistados, que deverão ser divulgados no fim do ano após a conclusão dos estudos.
O ministro da Saúde recebeu com preocupação os dados sobre a obesidade. ;Já vínhamos notando uma tendência de aumento importante no sobrepeso e estabilização da obesidade. Mas a pesquisa, de maneira muito clara, revela que a obesidade e o sedentarismo são problemas da sociedade brasileira;, lamentou Chioro. Em contrapartida, outro ponto chama a atenção na pesquisa: 2,5% da população adulta apresenta deficit de peso.
Para a nutricionista Kelva Aquino, a pesquisa é alarmante. ;O excesso de peso é um fator de risco para doenças que estão entre as principais causas de mortes prematuras em adultos. A obesidade está diretamente relacionada com o estilo de vida da população. A má alimentação e o sedentarismo são dois grandes vilões que contribuem para esse quadro. É preciso que haja um ambiente favorável para que o indivíduo faça escolhas saudáveis;, observou.
Gabriella Lima (26) nasceu em Utah, nos Estados Unidos, e até os seis anos era uma ;criança normal;, segundo ela. Quando veio ao Brasil pela primeira vez, as coisas começaram a sair do controle. ;Tudo aqui era muito novo para mim, a alimentação começou a desregular e fui ganhando peso. Sempre tive acompanhamento médico, fazia exercícios e dieta, mas nada adiantava. Na adolescência, engordei muito mais e isso me deixou para baixo;, conta.
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