Brasil

Justiça do Rio nega pedido de liberdade ao filho de Ivo Pitanguy

O empresário foi preso em flagrante na noite de quinta-feira, 20, após atropelar e matar o operário José Fernando Ferreira da Silva, de 44 anos, na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio

Agência Estado
postado em 22/08/2015 16:47
A Justiça do Rio negou um pedido de liberdade provisória apresentado pelo advogado Rafael Almeida de Piro em favor do empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, de 59 anos, filho do cirurgião plástico Ivo Pitanguy. O empresário foi preso em flagrante na noite de quinta-feira, 20, após atropelar e matar o operário José Fernando Ferreira da Silva, de 44 anos, na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, zona sul do Rio.

O advogado apresentou o pedido ao plantão judiciário, na madrugada deste sábado (22), mas não obteve a medida. "Ainda estamos decidindo se vamos apresentar habeas corpus ao próprio plantão judiciário, que se estende até a manhã de segunda-feira (24), ou vamos aguardar para apresentar ao juiz da causa, na segunda", afirmou o advogado à reportagem.

Familiares de Silva estiveram no Instituto Médico Legal (IML) para a liberação do corpo na manhã de hoje (22). Ele será enterrado em Pernambuco, onde vive sua família.

[SAIBAMAIS]O filho de Pitanguy segue internado no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea (zona sul). O empresário sofreu traumatismo craniano e um corte na cabeça e foi submetido a uma cirurgia. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, seu estado é estável mas ainda não há previsão de alta. Indiciado por homicídio culposo (sem intenção) e embriaguez ao volante, ele permanece sob custódia da polícia.

O operário havia saído do trabalho, na construção da Linha 4 do Metrô, e estava na calçada quando foi atingido pelo carro desgovernado de Pitanguy. Silva chegou a ser socorrido e teve uma perna amputada na tentativa de ser mantido vivo, mas morreu durante o atendimento no Hospital Miguel Couto. A vítima era casada e pai de dois filhos.

Nos últimos cinco anos, Ivo Nascimento acumulou 70 multas, 14 delas por embriaguez ao volante, segundo informações da 14; DP, que investiga o caso. Ao todo, o prontuário, de 23 páginas, soma 240 pontos. Em teoria, quem acumula 20 pontos em 12 meses tem a carteira temporariamente suspensa.

Após o acidente, o Detran do Rio informou a abertura de um processo para suspensão da Carteira Nacional de Habilitação do motorista por ter atingido o limite de pontos no prontuário de infrações de trânsito entre 2014 e 2015. No período de um ano encerrado em 21 de junho, ele somou 27 pontos. "Diante da gravidade do acidente, será aberto também um processo administrativo para que o condutor seja submetido novamente a novo exame prático para averiguar a sua capacidade de direção de automóveis", informou o Detran.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação