Warner Bento Filho
postado em 23/08/2015 08:00
A restrição de uso das águas do rio Camanducaia, determinada na última semana, acendeu o alerta entre as indústrias da região, que precisam cortar 30% de sua captação de água. É a primeira vez que a medida é adotada, mas, segundo especialistas, ela pode se repetir com frequência nos próximos anos, e não apenas no Camanducaia, mas também em outros rios que integram o Sistema Cantareira, como o Atibaia e o Jaguari, que estão em alerta ; patamar anterior à restrição.
[SAIBAMAIS]A escassez de água, que limita a produção e impede a instalação de novas unidades industriais, drena as empresas num momento ruim da economia. Segundo a gerente de meio ambiente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Anícia Pio, a indústria paulista fechou 30 mil postos de trabalho no mês de julho.
;Estamos extremamente preocupados com a crise hídrica;, diz Anícia. ;Ela vai impedir a abertura de novos negócios. As regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas estão congeladas em termos de novas captações de água. Por isso, nenhuma indústria pode ampliar sua produção. E nenhuma empresa que queira se instalar lá vai conseguir outorga ou licença ambiental para operar;, diz a gerente.
A restrição abrange 10 municípios banhados pelo rio no estado de São Paulo: Amparo, Holambra, Jaguariúna, Monte Alegre do Sul, Pedra Bela, Pedreira, Pinhalzinho, Santo Antônio de Posse, Serra Negra e Socorro. A medida atinge as captações para consumo humano e dessedentação de animais, que devem ser reduzidas em 20%. O uso para irrigação tem o mesmo corte da indústria ; 30%. Demais usos, como mineração, deverão paralisar as captações.
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