postado em 13/09/2015 07:00
Especialistas em mobilidade urbana reunidos pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) são unânimes em dizer que o espaço do carro deve ser reduzido nas cidades. Outro ponto em que os gestores estão de acordo é a necessidade de encontrar novas formas para financiar o sistema de transporte público. Todos concordam que o usuário não pode arcar sozinho com os custos. Mas há divergências em relação a como e com quem dividir a conta.
A Lei da Mobilidade, aprovada em 2012, estabelece que devem ser privilegiados os deslocamentos não motorizados sobre os motorizados. Da mesma forma que o transporte público coletivo sobre o individual. Estudo feito pela NTU, porém, mostra que no Brasil os automóveis transportam apenas 20% dos passageiros, embora ocupem 60% das vias públicas. Já o ônibus, responsável por levar 70% dos usuários, fica com 25% do espaço. É essa distorção que os especialistas querem consertar.
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A ordenação imposta pela lei é um princípio comum no universo jurídico brasileiro, segundo o promotor de justiça Carlos Alberto Valera, do Ministério Público de Minas Gerais. ;É evidente que o interesse coletivo se sobrepõe ao individual;, diz o promotor, que precisou do argumento para garantir a permanência de corredor de ônibus instalado em Uberaba, contra a vontade de comerciantes e de proprietários de carros.
;Temos um bem finito, as vias públicas, que foi doado a um modal responsável por uma minoria dos deslocamentos. É um subsídio gigantesco ao automóvel;, diz o coordenador do Movimento Nacional pelo direito ao Transporte Público de qualidade para Todos (MDT), Nazareno Affonso.
[SAIBAMAIS]
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