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Policial é investigada após chamar funcionário de shopping de "macaco"

A mulher se recusou a ser atendida por funcionário negro de uma loja em um shopping de Salvador. Além de chamar o funcionário de "macaco", ela chamou outro vendedor de "motorista de traficante"

postado em 01/10/2015 17:53

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Uma investigadora da Polícia Civil de Salvador passa por inquérito e processo administrativo disciplinar após ter ofendido os funcionários de um shopping. A policial de 49 anos foi solta sob fiança no início da tarde desta quimta-feira (1;/10). Após usar injúrias racistas contra um vendedor e um segurança do shopping, a mulher foi levada para a Corregedoria da Polícia, onde passou a noite.

Depois da abertura do inquérito, ela foi encaminhada para o núcleo de prisão em flagrante da Justiça, no Complexo Penal da Mata Escura. Nessa quarta-feira (30/9), o juiz do caso determinou o pagamento de três salários mínimos como fiança. O valor foi entregue hoje, pelos advogados.

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A mulher se recusou a ser atendida por um funcionário negro de uma loja na noite da última terça-feira (29/9). Ela chamou o homem de ;motorista de traficante;. Outro vendedor tentou acalmar a cliente e foi agredido fisicamente. Um segurança do shopping acompanhou a investigadora para fora da loja e foi chamado de ;macaco; por ela; a mulher também gesticulou e imitou o animal.

Diante dos vendedores e consumidores indignados com a situação, a mulher se escondeu em uma loja de roupas, que fechou as portas para evitar o tumulto. A Polícia Militar escoltou a investigadora para fora da loja. Na tentativa de escapar da prisão, ela fingiu um desmaio e, na saída do shopping, foi acompanhada por vaias de "racista" dos presentes.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a funcionária ;vive à base de licenças; desde 2008. Ela teve sucessivos afastamentos médicos em função de um distúrbio emocional. Antes do incidente, a investigadora estava de licença prêmio, aguardando a aposentadoria. A última alocação da funcionária foi na Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso.

O shopping divulgou nota, por meio da assessoria, sobre o ocorrido:

O Shopping Barra, reafirmando os princípios éticos que caracterizam seus mais de 25 anos de existência, repudia qualquer ato de preconceito de raça, por caracterizar clara violação aos direitos da personalidade e à dignidade da pessoa humana que é nada menos que um dos fundamentos da República Federativa do Brasil, conforme preceito inscrito no art. 1;, III da Constituição da República de 1988.

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