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Projeto de lei quer proibir alunos de cantar 'Atirei o pau no gato'

O autor defende que a tradicional cantiga seja substituída por uma nova versão desenvolvida por entidades de defesa dos animais

Agência Estado
postado em 01/10/2015 18:57

O autor defende que a tradicional cantiga seja substituída por uma nova versão desenvolvida por entidades de defesa dos animais

Um projeto protocolado na Câmara Municipal de Sertãozinho, no interior de São Paulo, quer proibir que a canção popular "Atirei o pau no gato" seja cantada nas escolas da cidade. A proposta é de autoria do vereador Rogério Magrini (PTB), que também é humorista e conhecido como "Zezinho Atrapalhado".

Ele garante, porém, que o projeto é coisa séria e visa impedir a cantiga popular que, em sua visão, estimula a maltratar os animais. Diz ainda ter um abaixo-assinado com 300 assinaturas favoráveis à proibição, que até agora não ganhou a simpatia dos demais vereadores.

O projeto está tramitando há seis meses e ainda não tem data para ir à votação. O autor defende que a tradicional cantiga seja substituída por uma nova versão desenvolvida por entidades de defesa dos animais. Essa canção é parecida com a original, mas tem um texto diferente e cuja letra diz, entre outras coisas, "Não atire o pau no gato-to".

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O projeto tem entre os defensores uma ONG de Sertãozinho que cuida de cães e gatos. Diz o vereador Zezinho Atrapalhado que a ideia de proibir a música surgiu após crianças de uma creche serem vistas jogando pedras em um gato. Uma pessoa ligada à entidade teria então sugerido a lei visando combater a cultura de maltrato ao animal.

Trâmite


"Temos de proteger os animais e não maltratá-los", falou o vereador. Ele já é o autor de outros projetos polêmicos na cidade, como um que criou o Dia Consciência Branca. Mas esta proposta de proibir a cantiga tem a resistência do presidente da Câmara, Silvio Blancacco (PSDB).

Para ele, a iniciativa vai contra a liberdade de expressão. O político alega que, além disso, o projeto precisa primeiro obter os pareceres favoráveis das comissões internas do Legislativo, coisa que ainda não ocorreu, antes de ser liberado para ir a plenário.

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