Especial para o Correio
postado em 05/10/2015 06:00
Os números do comércio ilegal no Brasil assustam: se calculadas as perdas diretas e indiretas que o país tem com o crime de contrabando, o valor chega a R$ 100 bilhões anuais. E o impacto não se restringe à receita, já que 200 mil postos de trabalho deixam de ser criados pela mesma razão. Os dados, levantados pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), mostram ainda que, entre 2011 e 2014, cerca de R$ 10 bilhões foram perdidos somente pela sonegação de dois tributos, o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Imposto de Importação (II).
O estudo foi feito com base em comparações entre os períodos em que houve fiscalização nas fronteiras, por meio da Operação Ágata, do Ministério da Defesa, e os meses posteriores. Para Luciano Barros, presidente do Idesf, o problema é ainda maior do que o mostrado pelo levantamento. ;Em quatro anos, perdeu-se quase R$ 3 bilhões ao ano, considerando apenas esses dois tributos. Se imaginarmos que ainda poderia haver a arrecadação do ICMS e outros impostos, o efeito seria muito maior;, lembrou.
Amanhã, o Correio e o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) realizam o seminário ;Contrabando no Brasil: Impactos e soluções;. O evento contará com a presença do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e membros do Idesf, do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) e da Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF).
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