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Protesto em Copacabana denuncia 4 mil mortes violentas no Rio este ano

postado em 11/10/2015 15:17

O estado do Rio de Janeiro registrou cerca de 4 mil mortes por causas violentas de janeiro a outubro deste ano, em uma média de 450 casos por mês. Para denunciar o problema, uma manifestação realizada neste domingo (11/10) em Copacabana levou à praia seis caixões pequenos, representando a morte de crianças, e três caixões grandes, lembrando a morte de adultos. Também foram estendidas faixas pretas com os nomes de algumas vítimas.

O protesto foi liderado pela organização Rio de Paz e chamou a atenção das pessoas que passavam pela orla, principalmente dos turistas que aproveitam o feriadão na cidade. O coordenador do Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, disse que o número de mortes e a naturalização da tragédia pela sociedade são inaceitáveis.

;É quase uma Síria. Só no último mês vimos quatro policiais morrerem em serviço, um rapaz morador de favela ser executado pela polícia, uma empresária que teve o carro metralhado ao entrar em uma favela e duas crianças que morreram em meio à troca de tiros entre traficantes e policiais. Isto é inaceitável;, disse Costa, citando números divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), do governo do estado.

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O ativista diz que a sociedade precisa se manifestar e cobrar soluções para a violência. ;O povo tem que gritar e o Poder Público não pode ficar esperando que a solução esteja apenas na Secretaria de Segurança. Nós precisamos de investimentos nas favelas, combate à desigualdade social, políticas públicas para os pobres. Estamos vendo a aproximação dos Jogos de 2016 e é triste ver que não haverá legados para as duas principais necessidades do Rio de Janeiro, que são o combate à miséria e à violência;.

A turista de Guarulhos (SP) Pâmela Brasílio se surpreendeu com os números da violência no Rio. ;É uma brutalidade, principalmente contra crianças, que não têm nada a ver com a violência. Eu fico pensando como as mães reagiram ao ver seus filhos morrerem. É muita tristeza. Eu senti a dor delas;, disse Pâmela, que trabalha como atendente de telemarketing.

[SAIBAMAIS]

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