postado em 15/10/2015 11:34
A região com a maior taxa de homicídios dolosos por 100 mil habitantes do país é o Nordeste (33,76), seguida da Região Norte (31,09) e do Centro-Oeste (26,26). As regiões Sudeste e Sul apresentam taxas menores, 16,91 e 14,36, respectivamente. No Nordeste, o estado com a maior taxa por grupo de 100 mil habitantes é o Ceará, com 46,9 homicídios, equivalente a 4.144 assassinatos, seguido de Sergipe (45 assassinatos por 100 mil habitantes).[SAIBAMAIS]Os dados, de 2014, estão no relatório Diagnóstico dos Homicídios no Brasil: Subsídios para o Pacto Nacional pela Redução de Homicídios, divulgado hoje (15/10) pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça.
No estado do Ceará, as maiores taxas de homicídios dolosos são registradas nas cidades de Fortaleza (72,7), Maracanaú (73,7) e Caucaia (65,8), na região metropolitana.
Em números absolutos, o estado que registrou o maior número de assassinatos em 2014 foi a Bahia, com 5.450 (36 por 100 mil habitantes). Em seguida, estão Rio de Janeiro (4.610) e São Paulo (4.294), com taxas de 28 e 9,8 por grupos de 100 mil habitantes. No ranking absoluto, o Ceará aparece em quarto lugar. Santa Catarina, com 587 mortes registra a menor taxa do país (8,7 homicídios por 100 mil habitantes).
;Para se ter uma noção comparativa no âmbito internacional sobre essa taxa, países com históricos de guerra civil, como o Congo (30,8), e com altas taxas de homicídio associadas ao narcotráfico, como a Colômbia (33,4), possuem taxas menores que a do Nordeste brasileiro;, informa o relatório.
Metodologia
De acordo com o Ministério da Justiça, o diagnóstico fez um recorte com 80 municípios, localizados nas 26 unidades da federação e a região administrativa da Ceilândia, no Distrito Federal, somando 81 localidades prioritárias de ação, agregando 22.569 registros de homicídios em 2014, o que representa, aproximadamente, 50% do total de assassinatos registrados no Brasil.
A intenção do documento é que funcione com uma ferramenta de gestão para os estados no enfrentamento da criminalidade observando as coincidências entre as altas taxas de homicídio e outros problemas sociais, econômicos e culturais.Os dados são do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) de 2014.