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Explosão de prédio deixa quase 4 mil alunos do Colégio Pedro II sem aulas

As vítimas, que foram encaminhadas para o Hospital Souza Aguiar, na região central do Rio, foram liberadas em sua maioria na parte da manhã

postado em 19/10/2015 15:28
A explosão da madrugada de hoje (19/10), em São Cristóvão, deixou as três unidades do Colégio Pedro II do Campo de São Cristóvão com as aulas suspensas e quase 4 mil alunos sem aulas, nos dois turnos. A explosão atingiu vidros e janelas das unidades. O prédio da reitoria foi o mais atingido. De acordo com o diretor-geral da Unidade São Cristóvão 2, Bernardino Paiva Matos, o subsecretário de Defesa Civil municipal, Márcio Motta, já esteve no prédio e disse que haverá uma vistoria de técnicos ainda hoje. Apenas depois da vistoria, a área será liberada para voltar às atividades.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, trabalham no local da explosão, seguida de desabamento, cerca de 60 bombeiros de seis unidades: São Cristóvão, Central, Barra da Tijuca, Caju, Vila Isabel e Magé, 15 viaturas e três cães farejadores. Embora a possibilidade de haver outras vítimas já tenha sido praticamente descartada, uma varredura está sendo realizada no momento.

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A Light, concessionária de energia elétrica do Rio, informou que desligou a rede elétrica a pedido do Corpo de Bombeiros por medida de segurança no trecho afetado pelo acidente em São Cristóvão.

De acordo com o Itaú-Unibanco, o prédio administrativo do banco, no Largo da Cancela, em São Cristóvão, está interditado para avaliação da defesa civil municipal e da perícia técnica. ;O prédio está sendo avaliado, está em perícia;, informou por meio de nota.

As vítimas, que foram encaminhadas para o Hospital Souza Aguiar, na região central do Rio, foram liberadas em sua maioria na parte da manhã. Somente duas seguem em observação: Manuel Lopes, de 84 anos, e Beatriz Galdino Araújo, de 9 anos.

O proprietário de 11 quitinetes e um restaurante próximo ao local, Waldecir Galdino Araújo, 47 anos, é pai da menina Beatriz e contou como foi o momento da explosão. ;Eu a abracei e ela gritava bastante, dizendo que estavam caindo algumas coisas em cima dela. Foi aí que eu consegui sair, para cavar um buraco possibilitando a minha filha respirar, porque se eu também tivesse ficado junto eu não teria conseguido. Depois ela falou para mim ;Pai, eu não vou morrer agora. Ajuda minha mãe que ela deve estar precisando;". A mãe de Beatriz foi retirada desmaiada dos escombros pelos bombeiros. "Graças a Deus eles conseguiram reanimá-la;, disse Araújo, aliviado.

Já o entregador Mauro Lopes, 44 anos, filho de Manuel Lopes, revelou que sua maior preocupação sempre foi com a vida de seu pai. ;Eu gritava muito, pedindo socorro. Foi desesperador ouvir aquele estrondo e ver a parede vindo por cima da gente. Só pensava em não perder meu pai;. Bastante emocionado, Lopes disse não saber o que fazer a partir de agora.

;Realmente não sei. Perdi tudo! Documentos, roupas e outras coisas. Morava lá há dois anos e não tenho nenhum outro lugar para ir. Mas eu tenho consciência de que foi um milagre. Uma explosão, dessa magnitude, não era pra ter sobrado ninguém;.

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