A Justiça de São Paulo condenou uma secretária de uma empresa farmacêutica a dois anos e quatro meses de prisão por furto de dinheiro da bolsa da própria chefe. A acusação afirma que o valor extraído somaria R$ 4 mil e que o crime teria ocorrido oito vezes, todas em 2013. A 25; Vara Criminal Central reverteu a pena em serviços prestados à comunidade durante o tempo da condenação. A defesa avisou que vai recorrer da decisão.
A acusada teria livre acesso ao escritório, além da confiança da chefe, que suspeitou da funcionária após sentir falta do dinheiro. A gerente então solicitou a instalação de câmeras de segurança no local para flagrar a ação.
As imagens teriam comprovado a secretária bisbilhotando a bolsa. ;Vemos que ela (acusada) mexe, mas, por estar de costas, não é possível notar se ela retira dinheiro;, alegou o advogado da secretária, Luiz Américo Souza.
Sob efeito de remédio
A defesa da mulher se defende afirmando que ela, à época dos incidentes, estava sob efeito de remédio controlado, para se curar de uma depressão decorrente da separação do marido. E, por isso, teria praticado os furtos. ;Ela acabava tendo lapsos de memória;, contou o advogado.
Souza acrescentou que a secretária não passava por necessidade financeira e contestou o valor e a ocorrência dos crimes. ;É um exagero dizer que sumiram R$ 4 mil. Foi menos. E somente uma ou duas vezes;, rebateu.
A versão não convenceu o tribunal, como mostra um trecho da sentença do juiz Waldir Calciolari: ;Logicamente a ré agiu deliberadamente e com consciência dos próprios atos, pois nenhuma outra excentricidade de sua parte foi relatada no período;.