A insuficiência de recursos para o tratamento de traumatizados em acidentes de trânsito tem provocado um gargalo e uma dificuldade de atendimento nos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Como somente a rede pública é responsável por socorrer essas vítimas no Brasil, a falta de investimentos no setor tem sido reclamada por especialistas que participam, nesta tarde (3/11), do Seminário Urbanidade, por uma mobilidade segura.
Representante do Ministério da Saúde, Deborah Carvalho Malta, ressalta que o número cada vez maior da frota de carros nas ruas alimenta os índices de acidente, já que os usuários, para fugir da ineficiência do transporte público, tornam-se condutores, estando expostos aos riscos. ;O trânsito é um problema de saúde pública que merece mais atenção.;
[SAIBAMAIS]Uma das fontes de recursos para financiamento da saúde são os repasses feitos anualmente pelo seguro Dpvat. Criado em 1966, o seguro obrigatório é pago a vítimas de acidentes de forma rápida e sem o julgamento da responsabilidade, a maioria deles condutores do veículo mais frágil no trânsito. ;Atualmente, 76% dos beneficiários do seguro são motociclistas;, informou Ricardo Xavier, diretor-presidente do Dpvat.
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O Seminário Urbanidade é uma parceria do Observatório Nacional de Segurança Viária e dos Diários Associados com a Frente Parlamentar por um Trânsito mais Seguro, a Fundação Assis Chateaubriand e a Seguradora Líder DPVAT. Os debates estão focados em cinco eixos definidores pela Organização das Nações Unidas (ONU) para a redução de acidentes e mortes nas vias e rodovias: Insfraestrutura e Gestão, Educação, Segurança Viária, Saúde e Fiscalização.
Os debates podem ser acompanhados ao vivo, via web, pelo site do observatório (www.onsv.org.br).