Brasil

Empresas de mineração estão entre os maiores doadores das últimas eleições

Comunidade de Bento Rodrigues quer que povoado seja reconstruído longe do perigo das barragens de rejeito

Paulo Henrique Lobato, Daniel Camargos, Pedro Rocha Franco, João Henrique do Vale/Estado de Minas
postado em 15/11/2015 08:00
As mineradoras estão entre os maiores doadores da última campanha eleitoral. Na lista dos cinco maiores setores que contribuíram para a eleição de deputados, elas ocupam o quarto lugar, perdendo apenas para alimentação, bancos e construção. Juntas, doaram R$ 32,7 milhões para os 15 partidos cujos candidatos disputaram uma vaga na Câmara, principalmente por Minas Gerais, Pará e Bahia, maiores estados mineradores do Brasil. Somente a Vale, que tem participação na Samarco, responsável pela tragédia de Mariana, doou R$ 22,6 milhões. O levantamento foi feito pelo Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, organização que reúne mais de cem entidades e que, desde as eleições de 2012, monitora os financiamentos das mineradoras em todo o Brasil.

O partido que mais arrecadou das mineradoras para eleger deputados foi o PMDB, que recebeu R$ 13,8 milhões, seguido pelo PSB (R$ 5,7 milhões), PT (R$ 4,3milhões), PSDB (R$3,6 milhões) e PP (R$ 1,7 milhão).

A Vale também fez uma série de doações para a campanha eleitoral de Fernando Pimentel ao governo do estado. Por meio da subsidiária Vale Energia, aportou R$ 1,2 milhão. Pela Minerações Brasileiras Reunidas, outros R$ 895 mil, e, em nome da Vale Manganês, mais R$ 257,5 mil. Somando tudo, foram R$ 2,3 milhões para a campanha do petista. O setor de mineração ainda contribuiu por meio da Arcelormittal e da Companhia Ferroligas Minas Gerais, entre outros grandes doadores.

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