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Rio de Janeiro: árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas desaba

O tema desse ano da árvore é "O Natal da Renovação" e faz alusão aos Jogos Olímpicos do Rio, a serem disputados em agosto de 2016

Agência Estado
postado em 20/11/2015 18:18
A parte superior da tradicional árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio, desabou na madrugada dessa sexta (20/11) por causa do vento forte. Em 20 anos da "primeira e maior árvore de Natal flutuante do mundo", conforme a propaganda da empresa Bradesco Seguros, patrocinadora, é a primeira vez que há esse tipo de incidente. A inauguração, que estava marcada para o próximo dia 28, foi adiada por tempo indeterminado.

A montagem começara no dia 16 de setembro, com a chegada à Lagoa dos flutuadores em que se apoia a base, e estava quase toda finalizada. A estrutura, que é móvel e estava na borda da lagoa na altura do Parque dos Patins, seria transportada às 5 horas para a linha d;água, mas antes disso se partiu com a ventania da madrugada, que atingiu 51 km/h. A média foi estimada pelo Centro de Operações do Rio, órgão da Prefeitura que monitora o município.

A Backstage Produções, responsável pela montagem da árvore desde a primeira edição, em 1996, informou que uma equipe de engenheiros passou o dia avaliando a extensão dos danos "a fim de repará-la o mais breve possível".

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O tema desse ano da árvore é "O Natal da Renovação" e faz alusão aos Jogos Olímpicos do Rio, a serem disputados em agosto de 2016. Com condução do apresentador de TV Otaviano Costa e show pirotécnico, o espetáculo de inauguração estava programado para acontecer em palco montado em frente ao Parque do Cantagalo, com a apresentação das companhias de dança do coreógrafo Carlinhos de Jesus e Nós da Dança, além da participação do Coral da Fundação Bradesco, dos cantores Simone e Daniel e da cantora mirim Giulia Soncini.

Os números referentes à árvore anunciados para este ano são robustos e cresceram em relação ao ano passado: 3,3 milhões de microlâmpadas, 200 mil a mais do que em 2014; 140 quilômetros de mangueiras luminosas (eram 120), cem refletores de led e 2.150 estrobos, que emitem luz piscante. A altura da árvore não mudou: 85 metros, o que equivale a um edifício de 28 andares. Metade da estrutura foi derrubada pelo vento, e ontem era só um amontoado de ferro retorcido.

Pelo desenho original, as formas coloridas que iriam se alternar eram de flores, plantas, adornos natalinos, gotas de chuva e um mapa-mundi, com destaque para o Rio, por causa da Olimpíada. Ontem, a Backstage informou não ter informações ainda sobre a nova data de inauguração nem como ficará o projeto após o incidente.

O vento já havia deslocado a árvore nas águas da Lagoa em outros anos, mas sem danos. A árvore é montada sobre 11 flutuadores ligados por vigas, num total de 810 metros quadrados, com peso entre 12 a 16 toneladas, o que garante estabilidade na base. O trabalho envolve 1.200 profissionais (produtores, engenheiros, técnicos e artistas).

A árvore começou, em sua primeira edição, com 48 metros de altura e 1,5 milhão de microlâmpadas e, de 20 anos para cá, virou tradição no Natal carioca. Ela divide opiniões: a maioria das pessoas aprova, e muitas vão apreciá-la de perto, desde a inauguração até a desmontagem, em janeiro. Mas há quem ache a árvore cafona e um incômodo, por provocar engarrafamentos. Nas redes sociais, os danos foram bastante comentados: o primeiro grupo lamentou; o segundo, comemorou.

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