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SP reavalia fechamento de escola que fará aluno se deslocar por 5,5 km

Quando o governo Geraldo Alckmin anunciou o projeto de reorganização da rede, o discurso era de que nenhum aluno teria que se deslocar por mais de 1,5 km por causa do programa

Agência France-Presse
postado em 25/11/2015 18:28
A Secretaria Estadual de Educação promete reavaliar o fechamento de uma escola na área rural do município de Cachoeira Paulista que fará com que os alunos que se desloquem 5,5 km para estudar em outra unidade. Pais e estudantes da Escola Bairro do Embauzinho têm sido contrários ao fechamento da unidade por causa da distância. A Diretoria de Ensino de Guaratinguetá, que responde pela escola, fará uma reunião com a comunidade nesta quinta-feira (26/11).

Quando o governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou o projeto de reorganização da rede, o discurso era de que nenhum aluno teria que se deslocar por mais de 1,5 km por causa do programa. A reorganização vai mobilizar a transferência de 311 mil alunos, segundo a secretaria, seja por causa da transformação das escolas em ciclos únicos ou pelo fechamento de 93 escolas.

[SAIBAMAIS] De acordo com Candido José dos Santos, da Diretoria Regional de Guaratinguetá, haverá oportunidade para que as famílias ofereçam sugestões sobre o que pode ser feito - uma das possibilidades seria a transferência apenas dos alunos de ensino médio.

"O problema é a distância. Ainda que o Estado garanta o transporte escolar gratuito, a comunidade vem resistindo, principalmente os pais por causa da dificuldade no acompanhamento dos filhos na escola", disse o dirigente, que defende a política do governo. "Estamos convencidos de que haverá ganhos para a comunidade (com a transferência de todos os alunos). O prédio, que pertence ao município, tem salas pequenas, as crianças não têm pátio, não têm sala de leitura, não têm informática. Estamos propondo uma escola melhor."


De acordo com o censo escolar, a escola tinha no ano passado 105 alunos do 6; ao 9; ano do ensino fundamental e 50 no ensino médio.

Alunos e pais, além de sindicatos, Ministério Público e especialistas de educação, têm criticado o governo sobre a falta de diálogo com as comunidades escolares antes do anúncio da reforma. Alckmin e o secretário de Educação, Herman Voorwald, têm repetido que o governo está aberto ao diálogo, mas reforçaram que não abrem mão da política anunciada. Não houve audiências oficiais antes do anúncio. Santos, da Diretoria de Guaratinguetá, defende que o diálogo ocorreu. Somente no âmbito desta diretoria haverá o fechamento de seis unidades.

Até a terça-feira (24/11) a Secretaria Estadual de Educação confirmava a ocupação de 151 escolas. A Apeoesp, que apoia parte das ocupações, já indica que o número de escolas tomadas é de 172.

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