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A catarinense Eduarda Henklein tinha apenas 1 ano e meio de idade quando ganhou dos pais uma bateria de brinquedo. O presente, à época, não convenceu a menina de que seria mais divertido que bonecas e ursos de pelúcia. Mas, em fevereiro de 2014, ela, então com 4 anos, arrastou a ;batera;, antes esquecida no canto do quarto, para a sala. Em seguida, o pai, o tecladista Marcos Maia, 42, batucou trechos de canções no brinquedo e pediu para a filha imitá-lo. A garota repetiu igualmente os movimentos, e ele não titubeou: ;Ela leva jeito. É hora de começar a praticar;. Dois meses depois, o instrumento de brinquedo foi substituído por um ;de verdade;, e a garota se lançou às aulas.
Hoje, aos 6, Eduarda faz sucesso na internet ; no Brasil e no exterior ; com vídeos em que interpreta clássicos das principais bandas do rock internacional, entre elas AC/DC, Guns N; Roses, Iron Maiden, Metallica e The Beatles. A filmagem da garota tocando Toxicity, um dos hits do grupo americano System Of A Down, alcançou mais 18 milhões de visualizações na página oficial da catarinense no Facebook. O sucesso ; e a destreza com o instrumento ; rendeu à Eduarda o ingresso no registro de recordes nacionais: no próximo dia 16, ela vai integrar o RankBrasil, como a mais jovem baterista do país.
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Desde o mês passado, os vídeos de Eduarda, filmados pela mãe, têm bombado na internet. O sucesso atraiu portais de notícias de outros países, como Alemanha, China, Grécia, Paraguai e Peru. Na Argentina, inclusive, a menina ganhou um fã-clube.
;Um dos vídeos da Eduarda tocando música do Iron Maiden chegou ao baterista da banda, Nickon McBrain. Ele nos mandou um e-mail, demonstrando a emoção em vê-la interpretar uma canção do grupo;, conta a mãe de Eduarda, a cantora Mel Plens, 39, que se apresenta em casamentos e bailes de formatura em uma banda formada com o marido, Marcos, em Joinville, onde vivem.
Apesar da preferência pelo estilo musical, ela ressalta que o casal jamais influenciou a filha a ter o mesmo gosto, e, portanto, apresenta diversos tipos de canções à menina. ;Gostamos mais de rock, mas, no nosso repertório, tocamos, tudo: forró, sertanejo, pop. Em geral, músicas de sucesso. Mostramos essas músicas à Eduarda e, se ela gosta, começa a tocar;, comenta.
Hoje, a banda favorita de Eduarda é a americana Metallica ; embora canções de artistas nacionais, como Charlie Brown Jr. e RPM também façam parte do "repertório" dela. ;Eu gosto mais de Master of Puppets;, conta a menina sobre um dos hits pioneiros do grupo. A primeira canção que caiu no gosto de Eduarda, porém, é Sweet Child O;Mine, de outra banda dos Estados Unidos, o Guns N; Roses. Ela comenta, no entanto, que o principal sonho não é dividir o palco com um destes conjuntos. ;É tocar com o System (Of A Down);, diz a menina, que domina uma das principais dificuldades dos bateristas: o pedal duplo.
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Enquanto não surge a chance de participar de um show das bandas americanas, Eduarda foca em se apresentar ao lado dos pais. ;Eles ainda não me chamaram, não sei o porquê. Mas, um dia vão precisar tocar uma música com bateria;, brinca. Mel justifica que costuma se apresentar à noite, o que inviabiliza dividir o palco com a filha.
Vida de estrela
Eduarda não se apresenta profissionalmente, mas sua rotina já imita a de uma celebridade mirim. A catarinense já participou de diversos programas de televisão e tocou ao lado de artistas como Claudia Leitte, Lulu Santos, Edson e Hudson e Wanessa. A prioridade, por enquanto, não é transformá-la em uma musicista, mas os ensaios diários fazem parte da agenda da garota. À tarde, ela cursa aula de bateria e, à noite, treina durante cerca de duas horas.
;Ela adora tirar fotos, dar autógrafos para os amigos;, conta Mel. ;Neste ano, ela se ofereceu para tocar na festa de aniversário de 5 anos de um amigo. Os dois amaram. Ele tem hipersensibilidade nos ouvidos por causa de um acidente, e, enquanto ouvia sorrindo a Eduarda tocar, tapava as orelhas com as mãos;, relembra.
Eduarda não estuda no ensino regular ; está matriculada para iniciar no próximo ano ;, mas cursa inglês, três vezes por semana. E se engana quem pensa que ela apenas toca as canções: Eduarda domina a língua estrangeira o bastante para cantar as letras.
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