Agência Estado
postado em 21/12/2015 19:28
Um bombeiro civil morreu ao tentar combater o incêndio de grandes proporções que atingiu o Museu da Língua Portuguesa, na Praça da Luz, região central de São Paulo, nesta segunda-feira (21/12). A informação foi confirmada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), que foi até o local no início da noite.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, 37 viaturas e 97 homens foram encaminhadas ao local para combater o fogo, que começou por volta das 16h30. Ainda não há informações sobre as causas do incêndio. A fumaça já atingia a Estação da Luz. Na Rua José Paulino, as lojas que costumam fechar às 19 horas encerraram o dia por volta das 17 horas por causa da fumaça que tomou conta da rua. O Museu da Língua Portuguesa fica fechado às segundas-feiras.
Por volta das 17h10, os bombeiros informaram que as chamas foram controladas e que o incêndio estava em fase de rescaldo. O teto do museu ficou totalmente destruído e o fogo chegou à torre do relógio. O complexo da Estação da Luz é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Em entrevista coletiva, o secretário municipal da Cultura, Nabil Bonduki, disse que um incêndio como o que ocorreu nesta segunda-feira é "devastador para a cultura brasileira". "Esperamos reconstruir o edifício e recolocar o museu em funcionamento", afirmou.
Segundo ele, o ocorrido "alerta para a necessidade de ter as condições de segurança adequadas". Bonduki ainda disse que, só após a saída dos bombeiros, será possível avaliar os estragos provocados pelo fogo. "Pelo que fui informado, o acervo do museu foi preservado", disse.
Antes
A Estação da Luz de São Paulo foi parcialmente destruída por um incêndio no dia 6 de novembro de 1946. O fogo atingiu boa parte da estação, destruiu os arquivos, documentos e prejudicou a fachada da Avenida Tiradentes. A ala oeste não foi atingida pelas chamas, pois a alta torre da estação - uma réplica da torre Big Ben da abadia londrina de Westminster - serviu de chaminé.