[SAIBAMAIS]O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o então chefe dos investigadores, Waldir Tabach, será um dos principais investigados. Segundo as apurações, Tabach seria o responsável por comandar o esquema de arrecadação de propina durante os três anos em que trabalhou na corregedoria com amplos poderes sobre todos os subordinados e, até mesmo, delegados de polícia.
Uma ordem do diretor Nestor Sampaio Penteado Filho determinava que Tabach deveria ser avisado sobre todas as operações do departamento. Isso, segundo os promotores, foi um fator facilitador para a cobrança de propina de policiais corruptos em troca de proteção.
Um policial civil prestou depoimento no Gecep sob proteção e afirmou que "foi o chefe dos investigadores da Polícia Civil, Waldir Tabach, que informou ao chefe dos investigadores do Deic, Sr. Toyama, que o Gecep (Grupo Especial de Controle Externo da Polícia) e policiais da corregedoria estavam chegando no local para cumprir mandados de prisão".
A testemunha disse que Tabach receberia R$ 50 mil mensais só do Deic para mandar as informações e falaria com Toyama por meio de celulares que ninguém sabe o número.
A Secretaria da Segurança Pública informou, por meio de nota, que "determinou imediatamente a abertura de Processo Administrativo Disciplinar e de inquérito policial para apurar todos os fatos apontados pelo Ministério Público. Após a instauração, foi determinado o afastamento de todos os policiais envolvidos."
O novo corregedor, delegado Domingos Paulo Neto, assumiu o cargo na terça-feira, 22. Além de instaurar investigações disciplinares e criminais contra os suspeitos, também recebeu a determinação de trocar toda a equipe da corregedoria e trazer pessoas da sua total confiança. No lugar dele, no Decap, foi designado o delegado Ismael Rodrigues.