A vítima, que na época dos fatos tinha 15 anos de idade, frequentava a igreja onde o réu trabalhava. Segundo os autos, o homem se aproveitou da confiança da adolescente, que o via como líder espiritual e, após ouvir em confidência seus problemas de relacionamento, convenceu a moça a se deixar "purificar" - e em duas ocasiões praticou sexo oral com ela.
Dias depois, a adolescente gravou conversa que teve com o pastor, em que ele pedia para não revelar a ninguém o que havia ocorrido, pois iria "negar até morte".
O relator, desembargador Ivan Sartori, destacou em seu voto que a avaliação psicológica da vítima confirmou que houve abuso sexual e que ela foi levada a permitir o contato íntimo por "questões religiosas e submissão ao réu". O julgamento contou com a participação dos desembargadores Edison Brandão e Camilo Léllis e teve votação unânime.