A presidenta Dilma Rousseff utilizou o Twitter para encorajar as mulheres vítimas de violência a denunciarem situações de agressão, assédio ou estupro. Ao divulgar o canal de atendimento à mulher ; o telefone de número 180 -, ela disse que a sociedade brasileira ;precisa avançar e acabar de vez com a cultura da violência;.
;Não aceite e não compactue! Denuncie;, escreveu Dilma, na rede social. A presidenta repercutiu a notícia de que, durante a prova do Exame Nacional do Ensino Médio, cujo tema em 2015 foi a violência contra a mulher, pelo menos 55 mulheres denunciaram atos de violência que elas mesmas sofreram ou que presenciaram.
;Muitas redações preocuparam os avaliadores com depoimentos de pessoas que foram assediadas, estupradas ou testemunharam violência. Em muitos destes casos a violência está bem próxima. A redação foi momento de reflexão não só para os participantes, mas para toda a sociedade. O aumento da conscientização sobre a violência contra a mulher ajuda a combater a violência;, disse Dilma.
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a pasta acionou o Ministério Público Federal e a Secretaria de Políticas para as Mulheres. Segundo o órgão, a única que pode procurar ajuda ou mesmo divulgar a redação é a própria mulher.
Canais de proteção à mulher
Na última década foram feitos mais de 4,7 milhões de atendimentos pelo telefone 180 - Central de Atendimento à Mulher. Em 2015, foram 634.862 casos.
O site da Secretaria de Políticas para as Mulheres detalha por estado os serviços especializados de atendimento à mulher, com os respectivos telefones e endereços.
A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão pode ser acessada por meio da Sala de Atendimento ao Cidadão do Ministério Público Federal e pelo telefone 61 3105-6001.