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MPL divulga percurso de protesto; Secretaria diz que não será possível

A secretaria apresentou outro possível trajeto para a manifestação, consideravelmente mais curto, em que a passeata se encerraria na Praça da República, no centro

postado em 21/01/2016 16:34
O Movimento Passe Livre (MPL) divulgou hoje (21/1) à tarde o trajeto da quinta manifestação contra o aumento das tarifas do transporte público na capital paulista. Em passeata de cerca de sete quilômetros, o protesto deverá passar pela Secretaria Estadual de Transportes, prefeitura, Câmara Municipal e será encerrado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, próximo ao Parque Ibirapuera, zona sul da cidade.

A concentração está marcada para as 17h no Terminal Parque Dom Pedro II, no centro da cidade. ;Sairemos do maior terminal da América Latina, símbolo de nossa humilhação diária, para dar o recado de quem deve mandar no transporte: nós, usuárias e usuários. Vamos cobrar quem decide pelo nosso sofrimento;, informou comunicado do MPL.

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A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) divulgou nota afirmando que o trajeto, anunciado menos de duas horas antes do início do protesto, não poderá ser realizado. ;A manifestação do MPL não será possível, porque há um protesto no Viaduto do Chá, na Câmara Municipal e Av. 23 de Maio dos motoristas de vans escolares;, acrescentou o documento.

A secretaria apresentou outro possível trajeto para a manifestação, consideravelmente mais curto, em que a passeata se encerraria na Praça da República, no centro. ;A alteração se faz necessária, uma vez que a Constituição Federal não autoriza que manifestação posterior frustre outra reunião anteriormente convocada para os mesmos locais.;

O local de concentração anunciado pelo MPL também foi alvo de críticas da SSP em outro comunicado, divulgado ontem (20/1). A secretaria destacou que não permitiria a obstrução da saída de ônibus. Segundo o órgão, a interrupção do tráfego no terminal configura crime tipificado pelo artigo 262 do Código Penal, que penaliza com um a dois anos de prisão que expuser a perigo outro meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento.

Na terça-feira (19/1), foram realizados quatro atos simultâneos contra o reajuste das passagens de ônibus, trens e metrôs, de R$ 3,50 para R$ 3,80. Duas foram convocadas pelo MPL e duas pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.

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