Brasil

AGU negocia acordo com Samarco para recuperação ambiental emergente

Fundação será criada com participação da sociedade civil para gerenciar a recuperação da bacia do Rio Doce; 38 programas devem ser aplicados, entre socioeconômicos e sócio ambientais

Hédio Ferreira Jr. - Especial para o Correio
postado em 21/01/2016 20:39
Dois meses e meio depois do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), o governo finalmente anunciou a criação de uma fundação para tratar da recuperação da bacia do Rio Doce. Com orçamento estimado de R$ 20 bilhões financiado pela Vale e pela BHP ; mineradoras donas da Samarco ;, o grupo terá representantes da sociedade civil e especialistas como integrantes de um conselho consultivo. Um conselho administrativo e outro fiscal também serão formados.

Nesta quinta-feira (21/1), representantes da Advocacia-Geral da União (AGU), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais e Renováveis (Ibama), das mineradoras e dos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo estiveram reunidos em Brasília para negociar um acordo de recuperação ambiental emergente e um plano a longo prazo. Foram pensados 39 programas, entre 19 socioeconômicos e 19 sócio ambientais para sanar os danos causados pela enxurrada de lama que atingiu 39 cidades atendidas pelo Rio Doce. Apesar de anunciadas, nenhuma delas foi detalhada.

;Eles serão detalhados na semana que vem, mas serão responsáveis para indicar as melhores ações de recuperação da bacia;, afirmou a presidente do Ibama, Marilene Ramos. Já o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse estar ;confiante; no acordo alinhado pelo governo com a Samarco. ;Esperamos que ainda na primeira semana de fevereiro, antes do Carnaval, isso já esteja definido;, prevê.

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