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Grupo de matadores é responsável por mortes na zona sul, diz polícia

As investigações apuraram que os criminosos ofereciam crack às vítimas e combinavam de entregar a droga em um local um pouco distante do assentamento; chegando lá, as vítimas eram espancadas e enforcadas com fios e cabos

Agência Estado
postado em 04/02/2016 17:35
Policiais do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) anunciaram que "um grupo de matadores" é o principal suspeito por seis assassinatos ocorridos na região do Grajaú, na zona sul, entre os dias 26 de dezembro de 2015 e 31 de janeiro. Quatro integrantes do grupo foram presos, dois estão foragidos.

A polícia avalia se um homem encontrado morto no dia 1; de fevereiro, mas a cerca de 20 quilômetros do local dos crimes, também é vítima do grupo. Ele foi estrangulado com um pedaço de fio.

Segundo o delegado Camilo Veiga, os suspeitos pertencem a um assentamento de 600 famílias que invadiram um terreno da CDHU e decidiram matar as vítimas porque elas estariam praticando furtos em barracos dos assentados para sustentar o vício em crack.

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"Há notícia de que praticavam furtos no comércio local. Mas não é possível afirmar que há envolvimento de comerciantes", disse o delegado.

As investigações apuraram que os criminosos ofereciam crack às vítimas e combinavam de entregar a droga em um local um pouco distante do assentamento. Chegando lá, as vítimas eram espancadas e enforcadas com fios e cabos. Duas tiveram os corpos parcialmente carbonizados.

Até agora, foram identificadas cinco mulheres e um homem. A polícia diz que as vítimas eram usuárias de drogas e está sendo apurado o envolvimento com prostituição.

Segundo o delegado Veiga, uma testemunha ajudou a polícia a identificar os criminosos. Tatiane Rosa da Silva, de 23 anos, e Adinaldo Pereira Cunha Junior, de 19, foram presos durante a madrugada. Um adolescente foi apreendido. Leonardo de Jesus Bastos, de 32 anos, foi preso por roubo na região do assentamento e, segundo as investigações, está envolvido nas mortes que ocorreram antes da sua prisão.

O delegado Arlindo José Negrão explicou que no grupo de matadores nem sempre todos estavam juntos em um homicídio, mas um sabia do outro e as mortes eram premeditadas. "No começo, pela forma que ocorreram as mortes, cogitamos que o autor poderia ser um serial killer, mas com o decorrer das apurações, identificamos esse grupo. Temos testemunhas que estão nos ajudando a encontrar os outros suspeitos. Há pelo menos mais dois."

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