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Zika: cientistas e institutos vão compartilhar informações gratuitamente

Os pesquisadores e os institutos de pesquisa comprometeram-se a divulgar gratuitamente as suas futuras descobertas sobre o vírus Zika, uma prática não habitual no meio científico, justificada pela urgência em saber mais sobre o vírus e conter a epidemia.

postado em 11/02/2016 11:55
Em uma declaração conjunta, as revistas Nature, Science e The Lancet, a Academia de Ciências Chinesa, o Instituto Pasteur de França, a Fundação Bill e Melinda Gates, assim como a Agência Japonesa de Investigação Médica estimaram que os dados sobre este vírus são ;uma ferramenta na luta contra essa emergência de saúde;.

;Os signatários disponibilizarão para livre acesso todos os conteúdos sobre o vírus Zika;, diz a declaração.

Na maioria dos casos, o vírus Zika provoca uma doença benigna e, por vezes, assintomática. Provoca alguns sintomas leves parecidos com uma gripe (febre, dor de cabeça, dores no corpo).

No entanto, quando o vírus afeta mulheres grávidas, pode provocar graves malformações congênitas dos fetos, em particular a microcefalia, doença que compromete o desenvolvimento normal do tamanho da cabeça dos bebês e que compromente o desenvolvimento intelectual e físico das crianças.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a explosão de casos de malformações congênitas constitui ;uma urgência de saúde pública em nível mundial;.



Os investigadores assinaram a declaração conjunta enfatizando que vão compartilhar os dados preliminares dos seus estudos, assim como os seus dados finais "tão rápida e amplamente quanto possível".

Normalmente, a publicação de dados científicos ou de resultados de um estudo é feita ao fim de um longo processo e os resultados não são compartilhados antes da sua publicação em uma revista científica.

;No contexto de uma emergência de saúde, é imperativo disponibilizar qualquer informação que possa contribuir para a luta contra a crise", declararam os signatários, entre os quais estão incluídos ainda os Médicos Sem Fronteiras, a revista The New England Journal of Medicine, a revista científica PLOS, o Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul.

Os especialistas concordam que há mais incógnitas do que informações cientificamente comprovadas que envolvem o vírus Zika, que assola a América Latina, particularmente o Brasil e a Colômbia.

Os pesquisadores esforçam-se, em particular, para determinar a ligação entre o Zika e a microcefalia e procuram saber em que proporção o vírus compromete o feto.

No momento, não existe vacina ou tratamento contra o Zika.

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