Jornal Correio Braziliense

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Executivo do Facebook detido no Brasil deixa centro de detenção em SP

A ordem de prisão preventiva de Dzodan foi expedida por um juiz criminal, por descumprimento de ordens judiciais. Ele responderá ao processo em liberdade

São Paulo, Brasil - O vice-presidente do Facebook e Instagram para a América Latina foi solto na manhã desta quarta-feira (2/3), quase 24 horas depois de ter sido preso em São Paulo por se negar a entregar à justiça informações de usuários da rede social e do WhatsApp no âmbito de uma investigação antidrogas. Diego Dzodan, de nacionalidade argentina, "estava no centro de detenção em Pinheiros, mas já saiu", declarou à AFP uma porta-voz da Polícia Federal em São Paulo. Dzodan responderá ao processo em liberdade.



Diante da falta de resposta, a sanção foi elevada há um mês para um milhão de reais por dia, informou à AFP a Polícia Federal em Sergipe. Após tomar conhecimento da detenção de Dzodan, a empresa comandada por Mark Zuckerberg criticou a decisão das autoridades brasileiras e o WhatsApp alegou que não dispõe de servidores para armazenar as conversas. "O WhatsApp não pode fornecer informação que não possui. Cooperamos até o limite de nossa capacidade neste caso, e apesar de entendermos a importância do trabalho para fazer a lei ser cumprida, estamos fortemente em desacordo com esta decisão", afirmou em um texto distribuído à imprensa no dia da prisão.

Este não é o primeiro embate entre a Justiça brasileira e o Facebook. Em dezembro do ano passado, o WhatsApp foi suspenso durante 12 horas por um juiz em todo o Brasil devido à sua negativa de fornecer informações sobre uma investigação criminal. O bloqueio, que revoltou milhões de usuários, acabou sendo derrubado por uma corte de apelações.