Pessoas com Síndrome de Down e parentes fizeram uma caminhada neste domingo (20) no Rio de Janeiro por inclusão no mercado de trabalho e na educação, e pelo fim do preconceito. O ato ocorreu na Praia de Ipanema, no Posto 8, e teve a presença da Ouvidoria do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), que colheu denúncias que poderão fundamentar futuras ações.
As famílias presentes caminharam pela orla, fizeram panfletagem e soltaram balões com o apoio do Movimento Down e do Grupo RJ Down, que reúne familiares e interessados na inclusão. Com síndrome de Down e integrante do Movimento Down, Breno Viola, 35 anos, é ator e lutador de judô. Ele pediu inclusão no mercado de trabalho e deixou uma mensagem de otimismo.
;Isso aqui é calor humano. A gente não é diferente de ninguém. Sinto um aperto no coração quando falam que esse país não tem jeito, mas tem jeito, sim. Se cada um fizer um pouquinho;, disse. ;A gente precisa pôr mais pessoas nas empresas; e as empresas, aceitar a lei. Pessoas com deficiência têm de trabalhar. Quem nega isso tem de ser preso.;
Leia mais notícias em Brasil/Política
A reclamação mais recorrente dos pais que procuraram a Ouvidoria do MPRJ, segundo a coordenadora do centro de Apoio Operacional das Promotorias de Tutela Coletiva de Proteção à Educação, Bianca Mota de Moraes, é a falta de mediadores nas escolas públicas e particulares. Esses profissionais dão apoio ao aprendizado de estudantes com síndrome de Down.Denúncias de descumprimento da nova Lei Brasileira de Inclusão (Lei n; 13.146, de 6 de julho de 2015) podem ser feitas à ouvidoria do Ministério Público do Rio de Janeiro pelo número telefônico 127, no site da Ouvidoria (http://www.mprj.mp.br/web/internet/cidadao/ouvidoria/sobre-a-ouvidoria), ou pessoalmente, na sede do órgão, que fica na Av. Marechal Câmara, n.; 370, no centro da cidade. O horário de atendimento vai das 8h às 20h em dias úteis.