Um novo tratamento traz novas esperanças na cura da doença: a imunoterapia. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na última segunda-feira, o Opdivo (nivolumabe), primeiro medicamento desta categoria capaz de combater dois tipos de tumores: melanoma (câncer de pele agressivo) e câncer de pulmão. Especialistas comemoram a regulamentação e ressaltam a importância da droga.
A imunoterapia consiste em fortalecer o sistema imunológico para que este seja mais eficaz na destruição de células cancerígenas. Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, Patrícia Schorn explica o porquê de o tratamento ser mais produtivo do que a clássica quimioterapia: ;Os imunoterápicos agem em alvos celulares específicos; por isso, são menos tóxicos e mais eficazes;. A especialista é ainda mais didática em relação ao novo medicamento: ;É como se você tirasse a venda dos olhos da célula boa e fizesse com que ela passasse a ver, no tumor, um agente estranho;.
De acordo com a diretora médica de imuno-oncologia da Bristol no Brasil, Angélica Dimantas, existem casos em que, devido ao uso da droga, os pacientes foram totalmente curados. Ela destaca o fato de a medicação diminuir o sofrimento do enfermo. ;Como ele causa menos efeitos colaterais, o doente sente menos dor;, afirma. Segundo Dimantas, a distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS) depende das políticas públicas de saúde do governo e de suas prioridades. ;Infelizmente, no Brasil, já temos medicamentos de alta complexidade que estão há muitos anos em clínicas particulares;.
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