Agência Estado
postado em 21/04/2016 09:58
A gestão Fernando Haddad (PT) estuda liberar até 12 mil carros para transporte individual de passageiros nas ruas de São Paulo. Segundo estimativas da gestão Fernando Haddad (PT), essas ;licenças; para uso legal do viário urbano serão divididas entre condutores da Uber e demais aplicativos e taxistas. A meta é alcançar 50 mil veículos no serviço e, a médio prazo, reduzir o porcentual de viagens por carro particular.Segundo Ciro Biderman, diretor da SP Negócios, é possível que metade dessas licenças seja dada aos taxistas, por meio de alvarás permanentes. A categoria tem oferecido resistência ao projeto de lei em desenvolvimento pela gestão Haddad e pelo vereador José Police Neto (PSD) para regulamentar os aplicativos O sorteio de novos alvarás seria, portanto, uma forma de apaziguar os ânimos.
Outra forma de valorizar os 38 mil taxistas da cidade é assegurar que veículos da Uber e demais aplicativos não obtenham aval para rodar por faixas exclusivas e corredores de ônibus. Essa vantagem, dizem os taxistas, é a única que sobrou.
[SAIBAMAIS]Biderman afirma que a regra não vai mudar. "Os taxistas estão hoje no pior dos mundos. Sem regulação, a Uber está operando sem limites. Alguns taxistas, aos poucos, estão entendendo isso. É normal a resistência no começo, a história diz isso", afirma. Ele defende o modelo de venda de créditos para uso do viário. Pela proposta, só poderão atuar na capital empresas que se cadastrarem e pagarem por quilômetro rodado.
A gestão Haddad afirma que essa regulação pretendida por meio de lei possibilita à cidade organizar e controlar melhor o tráfego de veículos, especialmente nos horários de pico. Se aprovada, a ideia é incentivar o transporte individual em regiões periféricas, fora do pico e com veículos que levem mais de um passageiro. Nesses casos, o crédito será mais barato.
Leilão. Biderman afirma que a ideia de vender créditos por leilão foi descartada pela Prefeitura. A proposta agora é cobrar pelo uso do viário depois de realizadas as viagens. "Vamos calcular quantos quilômetros foram usados no dia seguinte e emitir um boleto com prazo de três dias para pagamento."
A nova regra deve fazer com que as viagens de Uber fiquem mais caras em São Paulo. O porcentual, no entanto, vai variar de acordo com a margem de lucro determinada pela empresa. Se aceitar cobrar menos do motorista, reduzindo assim seu lucro, o aumento pode ser pequeno. Hoje, andar de Uber pode custar até metade do preço cobrado pelos táxis.
Com a lei em vigor, a Prefeitura espera aumentar a competitividade entre as empresas. Se a Câmara aprovar a proposta de regulamentação dos aplicativos - são necessários votos favoráveis de 28 dos 55 vereadores -, a expectativa é de que outra multinacional americana, a Lyft, passe a operar no Município. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo