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Mortes por vírus aumentam 8 vezes em PE e chikungunya é principal suspeito

Uma equipe do Ministério da Saúde está há três semanas no Estado para investigar as causas das mortes



Uma das hipóteses é de que em outros países a doença não tenha sido identificada porque a epidemia não atingiu grandes proporções. "Foi o mesmo que aconteceu com a microcefalia", afirma o professor. Já o diretor-geral de Controle de Doenças e Agravos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, George Dimech, pede investigação. "Há indícios de que a Colômbia enfrenta um fenômeno semelhante."

Brito diz estar convicto da relação de causa e efeito. Ele observa que Pernambuco enfrenta neste ano uma epidemia pelo vírus, que, a exemplo da dengue e da zika, é transmitido pelo Aedes aegypti. "A letalidade por dengue nunca foi tão alta. Temos agora de investigar o fato novo: a chegada da chikungunya "

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Os casos de chikungunya registrados no Brasil quintuplicaram em relação ao ano passado. Até o dia 2 deste mês, foram identificados 39.017 pacientes com suspeita da infecção. Há registros em todo o País e, à exceção do Amapá e do Piauí, todos os Estados apresentaram aumento expressivo nos indicadores. Em São Paulo, os relatos, também até o dia 2, passaram de 49 (2015) para 1.566.

Na Bahia, que enfrenta epidemia desde o ano passado, a doença fez 13.836 pacientes até o início do mês. Em Pernambuco, de onde veio o alerta sobre aumento de mortes, a infecção foi identificada em 8.315 pacientes. O Estado com maior incidência da doença é Sergipe, com 108,2 por 100 mil habitantes.

"O número de casos deve ser muito maior do que o oficial", afirmou o professor adjunto da Universidade Federal de Pernambuco, Carlos Brito.