postado em 02/05/2016 19:20
O indígena Kamukaiká Lappa, do Xingu, é um dos escolhidos para carregar a Tocha Olímpica amanhã (3) em Brasília. O atleta, da etnia Yawalapíti, dará uma ;volta olímpica; no Memorial dos Povos Indígenas, na região central da capital.
;Estou muito ansioso porque a hora está chegando. Amanhã será a hora de representar todos os indígenas do Brasil. Jogos Olímpicos são democracia, ajudam a promover e celebrar a paz;, disse Kamukaiká hoje (2), após ensaio do trajeto de amanhã. Depois da entrada da tocha no memorial, haverá uma apresentação de indígenas do Xingu.
[SAIBAMAIS];Nossa participação nesse revezamento é importante para lembrar o respeito à natureza e à diversidade cultural. É o que a gente precisa no mundo indígena. Agora que eu vou conduzir a tocha para eles, espero que eles acreditem em nós;, disse Kamukaiká.
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[SAIBAMAIS]Os indígenas esperam que os Jogos Olímpicos do Rio 2016, além de uma celebração esportiva, tragam mensagens de paz e de respeito à cultura dos índios brasileiros. ;Que a expressão desses povos indígenas venha trazer a cultura da paz. E que os nossos direitos sejam garantidos e respeitados constitucionalmente;, disse o líder Toya Manchineri, do Acre.
Segundo Toya, as organizações ligadas à luta pelos direitos dos indígenas farão manifestações durante a Rio 2016 para chamar atenção para questões como o sucateamento da Fundação Nacional do Índio (Funai) e os riscos de retrocesso com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215/00, que altera as regras para a demarcação de terras indígenas, remanescentes de quilombos e reservas.
A PEC tem avançado no Congresso e preocupa as lideranças. ;Cada momento que a gente puder chamar a atenção da imprensa internacional para a PEC 215, nós vamos fazer. E temos também que fortalecer a Funai, o que para a gente é algo muito importante;.