Brasil

Estudantes encerram protesto contra corrupção na assembleia de São Paulo

Durante o percurso, o grupo levava faixas e gritava palavras de ordem, além de distribuir panfletos

postado em 10/05/2016 14:02
Estudantes da rede pública estadual encerraram o protesto desta terça-feira (10/5) com uma assembleia no Parque da Juventude, zona norte paulistana. Os jovens saíram do Parque da Luz, na região central da capital, e seguiram em passeata pela sede do Centro Paula Souza (CPS) e Instituto Federal de Educação de São Paulo. Nesse ponto, a polícia cercou o prédio preventivamente para impedir tentativas de ocupação do local. Os alunos protestaram contra a falta de merenda e as denúncias de corrupção na alimentação escolar.

Durante o percurso, o grupo levava faixas e gritava palavras de ordem, além de distribuir panfletos. ;Quando vamos para a rua, conseguimos chamar a atenção do trabalhador, que, muitas vezes, não recebe pela televisão e pelos grandes meios de comunicação as notícias de que realmente está faltando merenda nas escolas e de que a educação está precarizada;, disse o estudante Marcelo, 18 anos, para justificar o ato. Temendo represálias, ele não forneceu o sobrenome. Ao finalizarem o ato, os estudantes passaram a discutir os rumos do movimento.

[SAIBAMAIS]Na segunda-feira (9/5), a mobilização que une alunos do ensino técnico e da rede regular de ensino contabilizou a ocupação de 18 prédios públicos e a tomada de mais cinco escolas técnicas (Etecs). Ao todo, estão sob controle dos secundaristas 15 Etecs, duas escolas estaduais e uma diretoria de ensino.



Marmitas
Em resposta às demandas do movimento, o CPS anunciou o fornecimento de marmitas com almoço para os alunos do ensino técnico. Os estudantes reivindicam, no entanto, que seja firmado o compromisso da construção de refeitórios em todos os estabelecimentos de ensino da rede.

Atualmente, os estudantes com atividades durante todo o dia recebem dois lanches. ;A gente quer um programa que funcione a longo prazo;, afirmou Marcelo, que estuda na Escola Estadual Maria Helena Colônia, em Mauá, na Grande São Paulo.

Os estudantes também querem que a Assembleia Legislativa de São Paulo instaure uma comissão parlamentar de inquérito para apurar as denúncias de desvios nos contratos da merenda em pelo menos 20 municípios.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação