Brasil

Após passeata, manifestantes cercam praça próxima à casa de Temer em SP

O protesto, convocado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne diversos movimentos sociais, começou por volta de 14h

postado em 22/05/2016 18:49
Após saírem em passeata do Largo da Batata, zona oeste paulistana, manifestantes contrários ao governo interino cercaram a praça onde fica a casa do presidente em exercício Michel Temer. O protesto, convocado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne diversos movimentos sociais, começou por volta de 14h. Pouco antes das 16h, os manifestantes seguiram pela Avenida Pedroso de Morais em direção a residência de Temer, no Alto de Pinheiros.

Todos os acessos à Rua Beneti e a Praça Conde de Barcelos foram fechados pela Polícia Militar (PM). Um grupo de manifestantes tentou negociar, sem sucesso, com o comando do policiamento no local para se aproximar da casa do presidente interino. Segundo a assessoria de comunicação da PM, a decisão de interditar os acessos foi tomada em conjunto pela polícia, pelas Forças Armadas e pelo comando da segurança da Presidência da República.

Os manifestantes decidiram, então, cercar os acessos à praça. ;É ilegal, o nosso direito de livre manifestação está sendo cerceado, independente de quem veio a ordem. Nós ficaremos aqui, a rua dele está cercada, até que haja posicionamentos em relação a tudo que nós viemos trazer aqui hoje;, disse o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, um dos organizadores do ato.

Minha Casa, Minha Vida


Além de acusarem Temer de ter praticado um ;golpe; que culminou no afastamento da presidenta Dilma Rousseff, os participantes do protesto reclamam da suspensão de parte do programa Minha Casa, Minha Vida. Na última terça-feira (17), o Ministério das Cidades revogou a portaria que habilitava a contratação de unidades habitacionais na modalidade entidades.

;Aqui todos estão indignados com esse golpe que ocorreu no país e, por isso, gritam ;fora Temer!'. Mas aqui tem muita gente que veio de longe, do extremo sul, leste [de São Paulo], de ocupações. Vieram porque há poucos dias tiveram a notícia de que esse governo ilegítimo cortou as suas moradias que já estavam contratadas;, destacou Boulos ao discursar no carro de som.

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