Jornal Correio Braziliense

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Força Sindical, UGT e CGTB fazem ato em São Paulo pela redução da Selic

O Copom decide a taxa da Selic na quarta-feira (8/6)

Uma manifestação organizada por centrais sindicais pediu nesta terça-feira (7/6) a redução da taxa básica de juros. O ato, que reuniu militantes da Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), foi realizado em frente ao prédio do Banco Central na Avenida Paulista, região central da capital.

A manifestação ocorre no dia em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para discutir a tendência da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 14,25% ao ano e também quando ocorre, no Senado, a sabatina do economista Ilan Goldfajn, indicado para presidir a autoridade monetária. O Copom decide a taxa da Selic na quarta-feira (8/6).

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, conhecido como Juruna, defendeu a redução dos juros, como forma de permitir a retomada da geração de empregos no país. ;Nós temos a certeza que reduzindo a taxa de juros você pode melhorar o emprego no país. Você abre mais indústrias e investimento na produção. E o consumo aumenta e gera emprego também;, disse.



A melhor forma de conter a inflação, na opinião de Juruna, é melhorar a infraestrutura e aumentar a produção industrial. ;O aumento da inflação está ligado ao fato de as pessoas, tendo um salário melhor, vão comprar. Para comprar, tem que ter produção. Se não tem produção, gera inflação;, disse.

;É importante para nós garantir ao máximo um desenvolvimento do país que não se baseie apenas nos números. É importante que o Brasil crie mais infraestrutura, invista mais no nosso país;, acrescentou Juruna.

Durante o ato, que contou com diversos discursos feitos no carro de som e militantes carregando bandeiras das centrais, foi inflado um boneco de dragão. No peito do monstro, constavam menções à inflação, ao desemprego e aos juros altos, como problemas que atrapalham o trabalhador brasileiro. No entanto, como manifestantes enfrentaram dificuldades para colocar o inflável de pé, o dragão passou a maior parte do protesto esparramado pela calçada.