Brasil

Drones são uma ameaça à segurança aérea durante Jogos Olímpicos

Restrições de tráfego aéreo em regiões de Olimpíadas, incluindo Brasília, expõem também dificuldades do controle de aeronaves não-tripuladas, na maior parte das vezes impossíveis de serem detectadas por sistemas de segurança. Série de reportagens do Correio apresenta efeitos - positivos e negativos - dessa revolução nos céus

Leonardo Cavalcanti, Ivan Iunes, Natália Lambert
postado em 03/08/2016 06:00

Restrições de tráfego aéreo em regiões de Olimpíadas, incluindo Brasília, expõem também dificuldades do controle de aeronaves não-tripuladas, na maior parte das vezes impossíveis de serem detectadas por sistemas de segurança. Série de reportagens do Correio apresenta efeitos - positivos e negativos - dessa revolução nos céus
Uma ameaça, na maior parte das vezes invisível aos radares militares e civis, se multiplica nos céus do país com o desenvolvimento tecnológico. As Aeronaves Remotamente Pilotadas (Raps), os populares drones, assustam pilotos de aviões, e têm levado autoridades de segurança a buscarem soluções para regulamentar o uso recreativo e comercial do que há tempos deixou de ser visto como um simples brinquedinho de adultos. As restrições de tráfego aéreo em regiões de jogos olímpicos, incluindo Brasília, expõem as dificuldades do controle das Raps, que, a depender do tamanho e do peso, não podem ser detectadas por sistemas de segurança.

[SAIBAMAIS]Ao passo em que impulsionam o mercado, apontando no horizonte novas possibilidades que vão da entrega de mercadorias até a pulverização de agrotóxicos, sem a participação direta de seres humanos, esses aparelhos também carregam uma preocupação. Somente no último ano, em ao menos dois episódios, a presença dos drones em áreas próximas a aeroportos quase provocou acidentes. Em Londres e em Varsóvia, aviões comerciais passaram por sustos ao se depararem com um drone próximo à área de pouso. De olho no risco, a International Air Transport Association (IATA) chegou a pressionar os países para que aprovassem legislações que disciplinassem a utilização desses aparelhos em áreas de segurança aérea.

;Além de ver, perceber e detectar tráfegos conflitantes e obstáculos, é igualmente importante que (o drone) seja visto, percebido e evitado por outras aeronaves. Nesse contexto, o acesso ao espaço aéreo de forma irregular e não coordenada por usuários não capacitados pode vir a ser um fator contribuinte para um incidente/acidente;, admite a Força Aérea Brasileira.

Para uma aeronave ser detectada por radares primários, ela deve ter um tamanho mínimo aproximado de 2m; ou ter um transponder, que envia sinais eletrônicos para radares secundários. Cerca de 80% das Raps no mundo são de pequeno porte e não têm capacidade de voar com o equipamento, por isso, há a dificuldade de detecção pelos sistemas tradicionais. Estudos preveem o controle dos drones por meio de sinais de celular. Esses mecanismos ainda estão sendo testados.

Restrições de tráfego aéreo em regiões de Olimpíadas, incluindo Brasília, expõem também dificuldades do controle de aeronaves não-tripuladas, na maior parte das vezes impossíveis de serem detectadas por sistemas de segurança. Série de reportagens do Correio apresenta efeitos - positivos e negativos - dessa revolução nos céus

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