Mais famoso cirurgião plástico do Brasil, o mineiro Ivo Pitanguy morreu na tarde deste sábado (6/8), aos 90 anos, no Rio de Janeiro. O corpo do médico será velado às 13h, no Memorial do Carmo. A cerimônia, no entanto, será restrita a familiares e amigos. Às 18h, o corpo de Ivo será cremado.
O cirurgião estava em sua casa, na Gávea - zona sul da capital carioca -, quando sofreu uma parada cardíaca, às 17h30. Em junho, Ivo foi internado no Hospital Samaritano, em Botafogo, para trocar um cateter. Após o procedimento, ele teve uma infecção e precisou voltar à unidade de saúde.
Mesmo com a saúde debilitada, o médico carregou a tocha olímpica na manhã da última sexta-feira (5/8). De cadeira de rodas, o mineiro transportou o símbolo dos Jogos Olímpicos na Rua Dona Mariana, também em Botafogo, onde fica a sua clínica.
Carreira
Nascido em 1926, na cidade de Belo Horizonte, Pitanguy formou-se em Medicina na Faculdade de Medicina do Brasil - atual Universidade Federal do Rio de Janeiro -, por influência do pai, Antônio de Campos Pitanguy, que também era cirurgião.
Após anos de estudos nos Estados Unidos e na Europa, o médico ajudou a consolidar no Brasil o campo da cirurgia plástica. Ele comandou, por exemplo, os serviços de queimaduras e de cirurgia reparadora do Hospital Souza Aguair e da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Nesta última, também criou uma enfermaria voltada ao atendimento da população menos favorecida. Por essa iniciativa, recebeu do papa João Paulo II o prêmio Cultura pela Paz.
Além de membro da Academia Nacional de Medicina e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, Pitanguy também era titular da cadeira 22 da Academia Brasileira de Letras. Ele deixa mulher e quatro filhos.