Brasil

Equipe da Força Nacional fará reforço contra o crime em Porto Alegre

Policiais, que atuariam nas Paralimpíadas do Rio, foram chamadas a pedido do governador

postado em 28/08/2016 09:15
Manifestantes protestaram ontem após o assassinato de uma mãe na porta do colégio do filho

A tragédia de uma mãe assassinada dentro do carro, na frente da filha adolescente, enquanto aguardava o outro filho sair da escola, em Porto Alegre, foi o estopim para que as primeiras equipes da Força Nacional fossem enviadas a fim de reforçar o policiamento no Rio Grande do Sul. Os policiais, deslocados do Rio de Janeiro, onde atuavam nas Olimpíadas, chegam hoje ao Sul.

Na sexta-feira, o governador gaúcho José Ivo Sartori (PMDB) pediu ao presidente interino, Michel Temer, reforço na segurança do Estado, que vive uma crise sem precedentes. Temer acatou o pedido e destacou 150 profissionais. A primeira equipe, de 120 pessoas, trabalharia na Paralimpíada do Rio, mas foi designada a atuar no policiamento ostensivo em Porto Alegre, com os policiais da Brigada Militar. Viajando em 30 viaturas, eles devem chegar ao Rio Grande do Sul neste domingo.

A intenção inicial era que a Força Nacional reforçasse o policiamento dos presídios do Estado, cuja população aumentou cerca de 15% no último ano. Atualmente, são 34 mil detentos. Dessa forma, seria possível liberar policiais militares para ampliar o efetivo no combate ao crime. Contudo, após reunião com o comando da Força, foi determinado que os soldados vão atuar nas ruas a partir de amanhã, por tempo indeterminado.



Afundado numa crise financeira, o governo do Rio Grande do Sul tem atrasado sistematicamente os salários dos servidores estaduais, inclusive policiais. Os pagamentos ainda estão sendo feitos em parcelas, de forma que alguns profissionais têm recebido menos de um salário mínimo por mês. Para reduzir despesas, o governador Sartori chegou a cortar o combustível das viaturas de polícia. As medidas provocaram a diminuição do efetivo de policiais militares e civis, o que abriu uma brecha para o aumento da criminalidade, sobretudo, na capital Porto Alegre.

Pressionado pela crise, na quinta-feira, o secretário de Segurança, Waltuir Jacini, deixou o cargo depois de mais um latrocínio (roubo seguido de morte) em Porto Alegre, tipo de crime que subiu 35% no primeiro semestre deste ano, em relação a igual período de 2015, de 66 para 89. Após a demissão de Jacini, Sartori anunciou a criação de um ;gabinete de crise;, que será gerenciado pelo vice-governador José Paulo Cairoli (PSD).

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