Brasil

Polícia do Rio de Janeiro investiga rede de pedofilia ligada a coronel

Delegada responsável pelo caso do coronel da PM suspeito de abusar de crianças apura a existência de uma organização criminosa por trás do militar. "Pode ser só a ponta de um iceberg", diz Cristiana Bento

postado em 14/09/2016 06:45
Cristiana diz acreditar que os crimes vêm ocorrendo desde os anos 1990
A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se existe uma rede de pedofilia por trás da suposta atividade beneficente do coronel reformado da PM Pedro Chavarry Duarte, 62 anos. Ele foi preso em flagrante no sábado à noite, quando a atendente de uma lanchonete em Ramos, no Rio, acionou uma patrulha ao ver uma criança nua, chorando, no banco do carona de um carro dirigido pelo oficial.

[SAIBAMAIS]Responsável pela investigação, a delegada Cristiana Bento, da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítima (Dcav), acredita que o caso é ;a ponta do iceberg de uma monstruosidade que pode estar sendo praticada há mais de 20 anos;. Em 1993, Chavarry foi preso ao ser flagrado com uma criança de apenas 4 meses de idade, encontrada nua no chão de um apartamento mantido por ele. Na época, era um capitão lotado no batalhão de Bangu e disse que fazia um trabalho assistencial com gestantes carentes. Acabou se livrando de uma acusação de tráfico de crianças e respondeu apenas por maus-tratos, crime do qual foi inocentado em segunda instância. Desde então, circulava entre autoridades, foi promovido a coronel, frequentava igrejas e até se ligou a um orfanato.



A acusada de entregar uma criança de dois anos a Chavarry Duarte foi presa na manhã de segunda-feira. Thuanny Pimenta de Souza, 23 anos, é vizinha da criança na comunidade Uga Uga, em Ramos. Faxineira do coronel, Thuanny disse à família da menina que a levaria para fazer um cadastro para receber presentes de Natal, de acordo com depoimento da mãe. No celular de Thuanny foram encontradas fotos de crianças e conversas com o coronel.

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