O vigilante Tiago Henrique Gomes da Rocha, que foi identificado pela polícia como um serial killer, foi julgado nesta segunda-feira (19/9), pela 15; vez e recebeu sua maior pena até agora: 29 anos de reclusão em regime fechado pelo crime de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima). Anteriormente, ele já havia sido condenado por 14 assassinatos, um roubo e porte ilegal de arma. Somadas, as penas chegam a 373 anos e 10 meses de cadeia.
No julgamento desta segunda, Tiago foi acusado pelo assassinato de Aleandro Santos Miranda, de 35 anos. Em novembro de 2011, o vigilante matou a vítima a facadas na guarita do galpão de uma empresa de bebidas, em Goiânia, onde o próprio Tiago já havia trabalhado.
Ao contrário do que aconteceu em sessões anteriores, Tiago compareceu ao julgamento e respondeu a perguntas do juiz. Inicialmente, ele confessou ter matado Aleandro, mas afirmou não se lembrar dos fatos. Depois, disse ter sido forçado na delegacia a assumir a autoria do crime. O acusado contou ainda ter "desejo de matar" desde os 16 anos e que, em todos os homícidos que cometeu, foi induzido por uma voz que o dizia para "cumprir uma missão". Ele não informou, contudo, qual seria a missão.
O advogado do vigilante alegou que o acusado possui desordens mentais - mesmo que isso não tenha sido clinicamente diagnosticado - e que ele pode ter assumido crimes que não cometeu por vaidade. A acusação, por sua vez, defendeu que as provas mostram que Tiago é de fato o responsável pelo homicídio e que, inclusive, ele já havia confessado sua culpa anteriormente.
O "serial killer de Goiânia" - como Tiago ficou conhecido - é acusado pela morte de mais de 30 pessoas. Seu 16; julgamento está marcado para a próxima segunda-feira (26/9), às 8h30. Na ocasião, ele pode ser condenado pelo assassinato de Rafael Carvalho Gonçalves, em fevereiro de 2013.