Brasil

Nos Jogos Universitários, atletas profissionais se destacam nas competições

Atletas que já defenderam clubes ou a seleção brasileira em competições nacionais e internacionais se destacam e dominam pódios

postado em 06/11/2016 16:09
Na universidade, eles ainda estão em formação para exercer uma profissão. Mas, no esporte, já são profissionais. Nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), atletas que já defenderam clubes ou a seleção brasileira em competições nacionais e internacionais se destacam e dominam pódios em vários esportes.

Na corrida de rua, tanto o ouro masculino quanto o feminino ficou com atletas que já defenderam o Brasil em competições internacionais. Aluna de educação física na Universidade Paulista (Unip), Érica de Oliveira, de 23 anos, já participou de campeonatos Sul-Americanos pela seleção brasileira.

A atleta foi descoberta quando treinava no Rio Grande do Norte e, após um camping com a seleção em Uberlândia, evoluiu no esporte e mudou-se para São Paulo, onde foi contratada pelo Esporte Clube Pinheiros.

"Quando eu comecei, eu não tinha um tênis para correr, mas você vai crescendo de nível e precisando de mais estrutura", conta ela, que treina em Jundiaí e sente falta do acompanhamento de fisioterapeuta e massagista em seu dia a dia. "Se eu tivesse isso, com certeza eu já daria um pique muito maior".

Laurindo Nunes, de 23 anos, foi o primeiro a chegar na corrida de rua masculina, mas, antes do JUBs, já disputou até mundial. "Já defendi a seleção brasileira cinco vezes, em um mundial e em quatro sul-americanos. Ganhei o sul-americano escolar e no mundial, fiquei em oitavo".

A competição fez lembrar de sua primeira corrida, quando foi descoberto pelo seu primeiro e único treinador. "Eu sempre fui muito competitivo e queria disputar medalhas em vários esportes. Quando corri nessa corrida, fiquei em quarto e só perdi para os meninos que eram treinados por ele. Aí ele me chamou".


Basquete também foi decidido no JUBs

Modalidade mais ágil que o basquete convencional, o basquete de três, ou 3x, também foi decidido hoje no JUBs. No feminino, vitória do time da Unip, também formado por atletas que já disputam o campeonato paulista por seus clubes.

"É sempre bom a gente ganhar um título, porque a universidade faz um investimento em nós", conta Kauane Firmino, de 22 anos, que cursa educação física e vê os estudos como uma garantia: "A gente nunca sabe se vai sofrer uma lesão ou se vai precisar de um plano B".

A decisão foi contra a Universo, do Rio de Janeiro, para quem o time da UNIP já havia perdido na etapa anterior. "A gente veio para a quadra com sangue nos olhos. Só tínhamos essa opção. Perder não existia".

E elas conseguiram superar as adversárias em um jogo disputado e cheio de viradas e cestas de dois pontos - no basquete 3x, apenas metade da quadra é utilizada, e as cestas feitas das áreas mais distantes valem o dobro e, as demais apenas um ponto.

Beatriz de Oliveira, de 21 anos, conta que elas não vinham acertando muito nos outros jogos e conseguiram superar esse desempenho na final. "Hoje, a gente veio com uma técnica melhor", diz a estudante de nutrição.

"Somos um time novo e temos muito a crescer dentro do basquete, e, então, a gente espera evoluir. Para a gente estar bem em grupo, a gente tem que ir bem individualmente onde quer que você esteja", conclui a atleta sobre a estreia no JUBs.
Por Agência Brasil

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