Os dois membros da tripulação que sobreviveram ao voo da Chapecoense foram ouvidos nesta quarta-feira (30) por autoridades colombianas. O depoimento da comissária de bordo Ximena Suárez, embora curto, reforça a hipótese de que a queda aconteceu devido à falta de combustível.
Citado pela imprensa colombiana, Luis Pérez, governador do departamento de Antioquia, cuja capital é Medellín, disse que Ximena relatou uma falha elétrica pouco antes da queda. "Ela falou que as luzes (da aeronave) começaram a se apagar de repente, e 40 ou 50 segundo depois, ela sentiu a pancada", contou o governador. Depois, a comissária não se recorda de mais nada.
Para alguns especialistas, como a aeronave usada para transportar a equipe de futebol catarinense tem autonomia de voo de cerca de 3 mil quilômetros, aproximadamente a distância a ser percorrida, a falta de combustível pode ter sido a causa da tragédia. Como, sem combustível, o fornecimento de eletricidade cessa, o relato de Ximena reforça essa teoria.
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Passageiros em pânico
O comissário Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes do desatre, também foi ouvido. Ele disse que a tripulação seguiu à risca os protocolos de segurança de acidentes aéreos, ao contrário do restante dos passageiros.
"Sobrevivi porque segui os protocolos. Naquela situação, muitos se levantaram das cadeiras e começaram a gritar, mas eu coloquei as malas entre minhas pernas para formar a posição fetal que se recomenda nos acidentes", declarou, à Rádio Caracol, da Colômbia.
Entre os seis feridos, estão o zagueiro Neto, o goleiro Follmann, que já defendeu a URT de Patos de Minas, e o lateral-esquerdo Alan Ruschel, todos hospitalizados na Colômbia. O jornalista Rafael Henzel, que também estava no voo, também está internado.