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O sentimento de "Fora, Cunha", que tomou conta das manifestações no país meses atrás, está de volta com novos protagonistas. As manifestações em favor da Operação Lava-Jato e contra mudanças no pacote de 10 Medidas Contra a Corrupção, que tomaram as ruas de várias cidades brasileiras neste domingo (4) pediam a saída dos presidentes das duas casas do Congresso Nacional.
Os organizadores dos protestos também são contra o projeto de lei de autoria de Renan Calheiros (PMDB-AL) que atualiza a Lei de Abuso de Autoridade. O novo texto prevê a criminalização de eventuais excessos praticados por juízes, procuradores e promotores. A imagem do presidente da Câmara dos Deputados também está arranhada com os manifestantes: foi ele quem presidiu a votação que alterou o pacote contra a corrupção.
Gritos de "Fora Renan" e "Fora Maia" foram ouvidos nas cidades que registraram manifestações. A cidade onde houve maior rejeição a Rodrigo Maia (DEM-RJ)foi justamente na capital do Rio de Janeiro, estado que o elegeu.
Respostas
[SAIBAMAIS]Logo no início da tarde, Renan emitiu um comunicado por meio da assessoria da Presidência do Senado. O texto dizia que o presidente do Congresso Nacional "entende que as manifestações são legítimas e, dentro da ordem, devem ser respeitadas. Assim como fez em 2013, quando votou as 40 propostas contra a corrupção em menos de 20 dias, entre elas a que agrava o crime de corrupção e o caracteriza como hediondo, o Senado continua permeável e sensível às demandas sociais".
Após as manifestações, o partido Rede, de Marina Silva, pediu a renúncia de Renan Calheiros, por ele, na semana passada, ter virado réu em uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF).
Rodrigo Maia também se manifestou em um comunicado, no qual disse que recebeu com atenção as manifestações deste domingo e que elas são legítimas e democráticas. Maia avaliou os protestos como "pacíficos e ordeiros" e disse que manifestações como essas servem para "oxigenar a jovem democracia brasileira e fortalecer o compromisso do Poder Legislativo com o debate democrático e transparente de ideias".
Temer
Na Avenida Paulista, alguns manifestantes portaram cartazes pedindo para que o presidente Temer vete o pacote anticorrupção caso ele permaneça alterado no Senado. Temer não foi um alvo tão constante nos protestos como Renan e Maia.
No início da noite, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República a assessoria da Presidência da República e Temer divulgou uma nota em que "a força e a vitalidade de nossa democracia foram demonstradas mais uma vez". "Milhares de cidadãos expressaram suas ideias de forma pacífica e ordeira. Esse comportamento exemplar demonstra o respeito cívico que fortalece ainda mais nossas instituições", continuava. "É preciso que os Poderes da República estejam sempre atentos às reivindicações da população brasileira."
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