Brasil

Ministro diz que governo do AM sabia de plano de fuga de presidiários

Alexandre de Moraes evitou apontar erros de autoridades específicas e dizer se alguém será responsabilizado, mas assumiu que houve falhas no processo

Julia Chaib
postado em 04/01/2017 12:17

Alexandre de Moraes evitou apontar erros de autoridades específicas e dizer se alguém será responsabilizado, mas assumiu que houve falhas no processo

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse nesta quarta-feira (4/1) que o governo do Amazonas sabia previamente da possibilidade de fuga de presos entre o Natal e o ano-novo e não comunicou as autoridades federais.

"Há relatos dos setores de inteligência de que poderia haver uma fuga, que efetivamente acabou ocorrendo", afirmou.

[SAIBAMAIS] Moraes negou ter sabido previamente da informação e disse que só foi informado em reunião com representantes do governo local na última segunda-feira.

"Foi comunicado nesses dias que estive lá de que a secretaria tinha informações que poderia ocorrer uma fuga entre Natal e Ano-novo. Exatamente por isso, segundo as autoridades, foi reforçada a segurança e passaram a monitorar dia a dia", disse.

Moraes evitou apontar erros de autoridades específicas e dizer se alguém será responsabilizado, mas assumiu que houve falhas no processo.

Chacina

Cinquenta e seis presos foram mortos, decapitados, esquartejados e carbonizados após uma guerra entre facções criminosas no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus.

A ação do grupo Família Do Norte (FDN), ligado ao Comando Vermelho (CV), do Rio, contra membros do Primeiro Comando da Capital (PCC), com liderança em São Paulo, começou na tarde de domingo (1;/01) e durou 15 horas.

Treze funcionários e 70 detentos foram feitos reféns e depois liberados, parte com ferimentos. É a maior matança em presídios do País, após o Massacre do Carandiru, que deixou 111 mortos.

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