Brasil

Secretário de Juventude relativiza chacinas e se defende nas redes sociais

Após a declaração o Secretário da Juventude foi afastado do cargo

postado em 06/01/2017 22:32



O secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio, se defendeu nas redes sociais após receber críticas acerca de uma declaração polêmica sobre as chacinas nos presídios de Roraima e Manaus, nesta sexta-feira (06/1). À jornalista, Amanda Almeida, o secretário disse que ;tinha que fazer uma chacina por semana; nos presídios brasileiros. Em sua página no facebook, ele tentou esclarecer o episódio. ;O que eu quis dizer foi que, embora o presidiário também mereça respeito e consideração, temos que valorizar mais o combate à violência;, diz o post.

[SAIBAMAIS]O Palácio do Planalto classificou o comentário como "infeliz" e o presidente Michel Temer aceitou o pedido de demissão de Bruno Junior no fim da noite desta sexta. O próximo nome para o cargo deve ser uma indicação do PMDB.

Quase 100 pessoas morreram em duas rebeliões no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, e na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, a maior de Roraima, e expôs os problemas do sistema carcerário no país.

Bruno Júlio, que é filiado ao PMDB, foi nomeado para o cargo em junho do ano passado e é filho do deputado estadual Cabo Júlio (PMDB-MG). Ele é investigado por agredir a mulher em Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, em outras duas investigações, ele foi acusado de lesão corporal pela ex-mulher e de assédio sexual por uma funcionária.


Confira na íntegra a nota de esclarecimento do secretário:

Hoje, terminada a entrevista com a jornalista Amanda Almeida, e falando como cidadão, em caráter pessoal, quando fui questionado sobre a nova chacina em Roraima, eu disse o seguinte:

1. Está havendo uma valorização muito grande da morte de condenados, muito maior do que quando um bandido mata um pai de família que está saindo ou voltando do trabalho.

2. Sou filho de policial e entendo o dilema diário de todas as família, quando meu pai saía de casa vivíamos a incerteza de saber se ele iria voltar, em razão do crescimento da violência.

3. O que eu quis dizer foi que, embora o presidiário também mereça respeito e consideração, temos que valorizar mais o combate à violência com mecanismos que o Estado não tem conseguido colocar a disposição da população plenamente.

Bruno Julio

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