O padre teria ligado para as autoridades informando a extorção e, juntamente com a polícia, teria armado uma emboscada para prender os acusados. No ato da entrega do dinheiro, três pessoas foram presas, mas o parlamentar, que não estava no local. Ele teve sua prisão decretada e se escondeu da polícia durante 15 dias em uma cidade no interior do estado vizinho.
Segundo Dário Soares Júnior, advogado de Ronilson, o vereador nega as acusações. "Ele tentou ajudar o padre e a polícia entendeu que ele estava participando da tentativa de extorção" afirma.
A defesa está tentando conseguir com que Ronilson responda o processo em liberdade para exercer o cargo. "Queremos o fim da prisão até o dia 15 de fevereiro quando acaba o recesso parlamentar. Como ele não foi preso no atual mandato, tem as mesmas prerrogativas dos outros. Ele não é menos vereador só por estar preso", diz o advogado.
A Câmara de Vereadores de Caratinga está iniciando um processo de quebra de decoro parlamentar contra o vereador. Segundo o advogado e idealizador da lei da Ficha Limpa, Márlon Reis, a situação de Renilson é legal pois a prisão dele não é definitiva. "Por se tratar de uma prisão preventiva, não ocorre a ilegibilidade do cidadão, de acordo com a lei eleitoral. Sendo assim ele pode concorrer a cargos públcos, ser eleito e exercer a função", explica.