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Corrupção levou armas para prisão de Manaus, diz Secretário de Segurança

O Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, disse ainda que a Força Nacional não resolverá o problema da insegurança na capital amazonense, mas que poderá ajudar com uma possível reação das facções criminosas

Hellen Leite
postado em 10/01/2017 16:36
O Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, acredita que agentes penitenciários e policiais facilitaram a entrada de armas no complexo penitenciário Anísio Jobim, em Manaus. "A hipótese mais provável para a entrada de armas é via corrupção", disse, em entrevista coletiva, nesta terça-feira, (10/1). Presos mortos no massacre teriam denunciado em carta o esquema de corrupção bancado pela facção criminosa Família do Norte (FDN) para a entrada de armas, drogas e celulares na cadeia, além de expor também a relação da facção com gestores do presídio. De acordo com o Fontes, a Justiça está investigando a veracidade das cartas.

[SAIBAMAIS]O secretário disse ainda que mais presos não escaparam durante a rebelião porque havia policiais contendo a fuga. "Se eles quiserem matar, eles vão se matar entre eles. É muito difícil fazer uma intervenção rápida a ponto de não ter mortes", disse. Apesar do massacre, Fontes ressaltou que não houve mortes após a entrada das forças de segurança no presídio durante o motim.

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Segundo o secretário, por enquanto, há 99 membros da Força Nacional no estado. "Com esse aporte nós vamos conseguir liberar os policiais que estão lá para ajudar no esforço de recapturação e controle da criminalidade na cidade;, disse. Homens da Força Nacional vão atuar no complexo penitenciário da BR-174. "Sozinhos eles vão conseguir resolver tudo? Certamente não. Mas a Força Nacional vai ser uma força para segurar em uma possível reação", disse.

As revistas continuam ocorrendo normalmente no complexo penitenciário, mas, segundo o secretário, enquanto os presos estiverem dando demonstrações de força, não será possível autorizar as visitas novamente. "Houve um massacre de 60 seres humanos. As famílias têm de entender que não posso, no primeiro fim de semana, ter visita para todo mundo. Como vou garantir a segurança das famílias lá dentro? E tem que ter alguma consequência", finaliza.

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