Brasil

Gilmar Mendes diz que não foi a funeral de Soares devido a labirintite

Presidente do TSE viajou a Portugal na comitiva do presidente Michel Temer, mas não compareceu ao compromisso

postado em 10/01/2017 16:42

Presidente do TSE, Gilmar Mendes, gesticula durante sessão no tribunal

O ministro do Superior Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse que uma crise de labirintite o impediu de comparecer ao velório do ex-presidente português Mário Soares.

Também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Mendes viajou a Portugal na comitiva do presidente Michel Temer, a convite do Palácio do Planalto. No entanto, ele não foi ao funeral.

"Eu cheguei muito cedo (a Lisboa), tinha de estar lá (no local da cerimônia) às 7h30, e aí, nesse frio e tal, eu não consegui chegar (devido à labirintite)", afirmou Mendes à Agência Estado. Como está de férias, o ministro não deve retornar com a comitiva ao Brasil. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o ex-presidente José Sarney também viajaram com Temer.

Mendes disse que foi convidado pelo próprio presidente da República para integrar a comitiva, na condição de presidente do TSE. "Tenho relações de companheirismo e diálogo com o Michel há mais de 30 anos, como tenho com muitas outras pessoas, de todas as colorações políticas. São relações institucionais", afirmou Gilmar.

Julgamento de chapa


Neste ano, o TSE julgará se a vitoriosa chapa de Dilma Rousseff e Temer nas eleições de 2014 cometeu abuso de poder político e econômico para conquistar a reeleição. Caso o TSE decida cassar a chapa, serão realizadas eleições indiretas para a escolha do novo presidente da República.

"O que é julgado é julgado publicamente. (A viagem na comitiva) Não tem nenhuma influência (no julgamento). No TSE, estamos conversando com todo mundo, organizando seminários, discutindo reforma política, conversando sobre reformas institucionais para o Brasil", disse o ministro.

Apesar de o presidente Michel Temer já ter embarcado de volta para Brasília, Gilmar decidiu permanecer em Portugal, onde deve ficar por mais dez dias. No final do ano passado, o ministro embarcou para Lisboa, mas acabou antecipando o retorno a Brasília devido a questões pessoais. Agora, retomará o período de descanso.

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