Brasil

Piloto brasileiro detido na Indonésia por suspeita de uso de drogas

Profissional foi detido com colega holandês. Teste que confirmará se houve mesmo uso de substância ilícita ficará pronto na segunda-feira (16)

Hellen Leite
postado em 12/01/2017 13:47

Um piloto brasileiro foi detido em Jacarta, na Indonésia, por suspeita de usar drogas enquanto estava em serviço. Um teste toxicológico indicou a possibilidade de ele e outro piloto, de nacionalidade holandesa, terem usado morfina.

Após serem ouvidos pelas autoridades locais, os dois foram levados a um hotel e devem aguardar os resultados de um teste mais completo, realizado nesta quinta-feira (12/1) e que deve ficar pronto na segunda-feira.

A possibilidade de os exames terem dado positivo apenas por uso de medicamentos controlados não é descartada. O Correio entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil para obter mais informações sobre o episódio, mas, até a publicação desta matéria, não havia recebido resposta.

Não há até agora nenhuma evidência de que os pilotos traficaram drogas. Segundo o jornal Jakarta Post, o porta-voz da Agência Nacional de Narcóticos indonésia, Slamet Pribadi, disse que a possibilidade de tráfico só será investigada se o segundo exame também indicar positivo.

"Se eles forem só usuários, nós recomendamos reabilitação. Mas se eles estiverem envolvidos em tráfico de drogas, eles devem ser mantidos e enfrentar todo o processo legal", afirmou Probadi ao jornal.

O porta-voz disse ainda que os pilotos podem ter sua licença para voar no país revogada. Na semana passada, o governo da Indonésia retirou a licença de um piloto da companhia CityLink, depois que passageiros o acusaram de estar bêbado antes de levantar voo, em 28 de dezembro.

Corredor da morte


A Indonésia tem se mostrado muito rigorosa em sua política de combate às drogas, punindo o tráfico internacional com pena de morte. Em 2015, dois brasileiros foram executados no país por esse motivo: Marco Archer Cardoso Moreira, morto em janeiro daquele ano, e paranaense Rodrigo Gularte, em abril.

De acordo com as leis da Indonésia, a única forma de reverter uma sentença de morte é o presidente do país aceitar um pedido de clemência. Na época, o governo brasileiro fez a solicitação, mas ela foi negada.

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